O papa Francisco deixou o Iraque, nesta segunda-feira, 08, após a primeira visita de um chefe de Estado do Vaticano ao país.

Segundo informações da AFP, não foram registrados incidentes em territórios marcados pela guerra. Desde a última sexta-feira, 05, o papa percorreu o Iraque, tendo passado por Bagdá, Mossul, Qaragosh, Ur e Erbil.

Francisco defendeu uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo perante o aiatolá Ali Sistani, referência religiosa dos muçulmanos xiitas do Iraque.

“O Iraque vai continuar para sempre comigo, no meu coração”, disse nesse domingo o papa Francisco, de 84 anos, perante milhares de fiéis que se juntaram num estádio de Erbil, Curdistão iraquiano, para uma cerimónia religiosa.

Os cristãos no Iraque são atualmente 01% da população, depois de terem constituído cerca de 06% dos habitantes do país, há duas décadas.

Conforme a Agência Brasil, o papa percorreu 1.445 quilômetros em território iraquiano, a maior parte do tempo de avião ou de helicóptero sobrevoando zonas onde se encontram células clandestinas de grupos de extremistas islâmicos.

Quando se dirigiu ao país, o chefe da Igreja Católica disse que o “terrorismo abusa da religião”, apelou à paz e à unidade no Oriente Médio e lamentou a saída de cristãos da região, obrigados a procurar refúgio em outros países.

Francisco participou de uma cerimónia ecuménica, com diversas confissões de religiosos do Iraque. A missa ocorreu em Ur, a cidade natal do patriarca Abraão.

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