Desde a tarde de domingo (16), os ônibus em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, deixaram de rodar. Segundo o advogado do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (SINCOL), Ronaldo Mendes, o motivo da suspensão do serviço é a não renovação do contrato emergencial com empresas que atuam no município, após resultado da licitação na última sexta-feira (14).
Apesar da prefeitura negar, Mendes afirma que duas novas empresas de São Paulo venceram a licitação e o contrato, que foi prorrogado com os fornecedores de combustíveis com as empresas antigas, Princesinha e 18 de Setembro, foi automaticamente cancelado. Sem esse contrato, os fornecedores se recusaram a abastecer os veículos.o secretário de Transportes de Feira de Santana, Ebenzer Tuy, informou que em nenhum momento foi alegada a falta de combustível pelos gerentes das empresas que rodam atualmente na cidade.
Segundo ele, as outras duas empresas que venceram a licitação para rodar em Feira de Santana terão prazo de seis meses para implantar o sistema no município. Enquanto isso, a Princesinha e 18 de Setembro continuariam com o serviço de transporte. “Esse contrato emergencial ainda não finalizou. Isso não existe. O contrato está vigente até as novas empresas assumirem o serviço”, afirmou o secretário.
Ainda de acordo com Ebenzer Tuy, o Tribunal de Justiça da Bahia chegou a suspender a licitação após pedido das empresas, mas essa decisão foi revogada há 15 dias e o processo licitatório ocorreu na última sexta-feira. Uma reunião entre o secretário de Transportes da cidade, Ebenzer Tuy, e o SINCOL, está marcada para às 20h30 deste domingo para solução do impasse.
“Estamos tomando providências para que a população não fique sem transporte. Temos outros modais de transporte para colocar à disposição da população nesta segunda-feira (17)”, afirmou o secretário.