A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta terça-feira (8), a libertação provisória do entregador Yago Corrêa de Souza, de 21 anos, jovem negro que foi preso no último domingo (6), no Jacarezinho, Zona Norte, após sair de uma padaria. O juiz Antônio Luiz da Fonseca Lucchese entendeu que não há provas suficientes para manter Yago preso. Os advogados disseram que não há como imputar o crime de tráfico de drogas a ele. Yago passou por audiência de custódia, por volta das 13h, na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica.

Em um trecho da decisão, o juiz disse que “diante das circunstâncias em que teria se dado a prisão, sem perder de vista que aqui há evidente necessidade de que os fatos sejam mais apurados, sobretudo diante da dinâmica dos fatos, certamente faz com que se esvaia qualquer substrato para se cogitar, neste momento, de prisão cautelar, ainda mais diante da manifestação a posteriori da autoridade policial”.

Érica Corrêia de Souza, irmã de Yago declarou: “Nós lutamos pelos nossos direitos e fomos ouvidos, sim. A favela venceu. Yago é inocente e vai voltar com a gente para casa”. O delegado assistente da 19ª DP (Praça da Bandeira), Marcelo José Borba Carregosa, que está investigando o caso, afirmou que Yago “estava na hora errada e no lugar errado”. Carregosa destacou que “houve um erro” e que a versão apresentada pela família do jovem negro detido era verdadeira.

0 0 votos
Article Rating