O declínio do transporte público em Camaçari é um fardo no dia a dia das famílias mais carentes. Jovens que precisam se deslocar diariamente, como os estudantes, falam da dificuldade de ter dinheiro em mãos para pagar pela passagem do transporte alternativo.

João Victor, de 17 anos, estuda em um colégio estadual que fica no centro da cidade. Morando na Santa Maria, ele diz que a ‘van’ que roda na cidade e que aceita o cartão de meia passagem não tem horário “confiável” e que “tem dias que passa na hora e tem dias que não”. 

À deriva em um ponto de ônibus, todos os dias, às 7h20, o adolescente espera por qualquer veículo que possa pagar para chegar até a escola.

O ligeirinho é o meio alternativo mais usado por ele. Por dia, João gasta de R$8 a R$12, entre ligeirinho e mototáxi. Para os pais, essa condição pesa mais ainda.

“É difícil garantir dinheiro de transporte todos os dias, ida e volta. Nem sempre dá. Às vezes, arrumo emprestado”, disse a doméstica Rosa Santana, mãe do estudante.

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