Durante entrevista concedida ao jornal Correio, o diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Francisco Kelmo, avaliou que a informação do Ministério da Agricultura, divulgada ontem (11), de que os peixes recolhidos nas praias baianas que foram atingidas pelo óleo estão “próprios para o consumo”, são insuficientes para confirmar ou refutar a liberação para o consumo de pescado.
“Eles não dizem em que parte do corpo do animal eles fizeram avaliação, se foi nos músculos ou se foi na bile, por exemplo. Eles não dizem quantos peixes foram avaliados. Não dizem como foi a coleta. Não revelam as concentrações que eles encontraram para dizer que os valores foram baixos, nem o método utilizado. A informação é muito vazia e não traz segurança. Não há dados suficientes para concordar ou refutar”, pontuou o pesquisador que também é responsável por coordenar os estudos relacionados ao óleo. Com informações Correio.
Ministério da Agricultura
Entretanto, o professor Renato Carreira, coordenador do laboratório que participou da pesquisa, destacou ao portal Uol que os dados não permitem dizer que a pesca esteja liberada, nem que não haja animais contaminados.
Conforme o portal, os pesquisadores analisaram amostras de peixes e lagostas coletados na Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Manda esses pescados lá pra Brasilia e faz o rango dos ministros,deputados,senadores e do presidente já que estão falando que não tem riscos e podem ser consumidos
Como autor o laudo, ressalto que os dados não são suficientes para garantir que todo o pescado está livre para consumo. Analisamos músculo de peixe e de lagosta para HPAs, e os níveis de fato podem ser considerados baixos. Mas esse resultado é válido para aqueles lotes de peixe, vindo da indústria. Para aumentar a segurança alimentar é preciso aumentar o número de amostras e os tipos de pescarias (outros peixes e crustáceos, além de moluscos).