A mulher apontada como autora de ofensas racistas à gerente de uma loja de Salvador durante briga, foi demitida do hospital particular da cidade, onde mantinha emprego. A decisão foi tomada após a repercussão do caso, neste domingo (5), nas redes sociais em todo o país.

Inicialmente, conforme noticiado pelo Bahia no Ar, a A Rede Mater Dei (RMDS), dona do hospital com mesmo nome na Av. Vasco da Gama, havia afastado Camilla Ferraz Barros das funções que exercia até o fim das investigações. Porém, à tarde, a empresa decidiu encerrar o vínculo por completo.

Um fato curioso também pôde ser visto após o pronunciamento: no momento da confusão, que aconteceu no último sábado (4) em um estabelecimento de petshop na Av. Paralela, a suspeita dizia ser juíza e que tinha poder para prender a atendente, porém foi descoberto que, na verdade, ela é enfermeira e atuava como gerente de operações.

O caso foi gravado por uma testemunha, que mostra Camilla proferindo ataques à gerente da loja, a chamando de “petista, baixa e preta”, logo após ofender uma das funcionárias de ‘vadia’ por não ter informado o nome durante o atendimento.

A primeira nota do Mater Dei, divulgada à imprensa, era dito que o grupo repudiava ações preconceituosas por parte de seus funcionários e, enquanto o caso estiver em investigação, a enfermeira seria mantida afastada do trabalho que exercia.

“O episódio ocorreu fora das instalações do hospital, ainda assim será instaurada uma sindicância interna para apuração dos fatos e definição das medidas a serem tomadas. De imediato, enquanto a sindicância acontece, e até a definição final, a colaboradora em questão estará afastada das suas funções”, diz trecho.

Porém, nas redes sociais, a empresa hospitalar verificou, após reuniões com a a diretoria, o setor jurídico e compliance (setor de análise legal e ética), que a ação é inaceitável e não cabe às normas existentes, decidindo pela demissão de Camilla.

“A Rede Mater Dei de Saúde (RMDS) informa a demissão da gerente de operações do Hospital Mater Dei Salvador, Camilla Ferraz Barros, em decorrência de atos amplamente divulgados nas redes sociais. […] A RMDS não tolera qualquer ato discriminatório por parte de seus integrantes e reafirma seu compromisso com a igualdade e a inclusão. […] Comprometida com seus valores, a RMDS mantém uma postura firme contra todas as formas de discriminação, incluindo racismo, etarismo, homofobia e bullying”, informou.

(Confira a nota completa aqui)

A gerente a as duas funcionárias registraram uma ocorrência na 9ª Delegacia Territorial (DT) da Boca do Rio, onde será apurado as circunstâncias. Segundo a vítima, a suspeita cometeu injúria racial, lesão corporal culposa e ameaça.

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