A briga política entre o prefeito Ademar Delgado e o deputado federal Luiz Carlos Caetano, ambos do PT, está difícil de ter o final feliz. Depois de ter sido preterido pelo partido, Ademar bateu pé firme e decidiu não apoiar Caetano, surgindo assim a ideia de apoiar um candidato da base aliada. O nome escolhido pelo alcaide, foi sua secretária de Governo, Jailce Andrade, que atualmente é filiada ao PT, mas, deixará o partido até março.

Preocupados com o que pode acontecer na sucessão municipal de outubro, a cúpula do partido dos trabalhadores se movimenta nos bastidores para impedir o lançamento da candidatura de Jailce, já que uma candidatura dentro do governo, significa uma divisão na base governista, ou seja, o nome de Jailce atrai pelo menos três partidos que deixariam de apoiar o nome de Caetano.

Pensando nisso, o presidente da câmara de vereadores de Camaçari, Jose Marcelino de Jesus Filho, também do PT, se reuniu com petistas e aliados na noite da última terça-feira (26), em sua residência em Arembepe, orla de Camaçari.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Portal BAHIA NO AR, Marcelino sinalizou que o PT deveria romper politicamente com o governo Ademar, vale lembrar que foi Marcelino que indicou o secretário de educação, Márcio Neves, e também é responsável pela indicação de quase metade da secretaria de saúde. Ainda de acordo com informações obtidas pelo BAHIA NO AR, Marcelino afirmou que foi a maior “traição” que ele já viu na política Camaçari.

A ameaça de Impeachment contra Ademar, mais uma vez foi cogitada, “o executivo não governa sozinho, veja a situação de Dilma, quero ver Ademar consegui andar sem o legislativo”, esbravejou Marcelino.

A ideia de rompimento de Marcelino não foi bem aceita pelos presentes na reunião. O deputado licenciado, Nelson Pelegrino, atual secretário de turismo da Bahia, foi na contramão e disse que não pode tomar esse tipo de atitude precipitada, “estamos falando de um governo eleito pelo PT, estamos falando de pais de família que ficarão sem seu emprego, sou contra essa ideia”, afirmou Pelegrino.