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O deputado estadual Soldado Marco Prisco (PSDB), eleito com a terceira maior expressividade de votos confessou estar ‘angustiado’ com as restrições impostas pela Justiça para que deixasse o Complexo Penitenciário da Papuda, no final de maio. Ele foi preso por liderar as últimas duas greves da PM-BA em 2014 e 2012. Prisco é o diretor geral da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-BA), e participou também dos movimentos paredistas do Piauí, Maranhão e Ceará.


Em uma entrevista concedida ao site Bahia Notícias, Prisco fala sobre as restrições da prisão domiciliar. “A angústia foi grande e continua sendo grande. Eu ainda não posso sair para agradecer os votos que recebi, não posso visitar meus dois filhos que não residem em Salvador… Nós fizemos duas carretas e eu não pude ir para uma. Não fui para nenhuma caminhada que organizamos. A angustia é enorme”, contou. Segundo ele, a obrigatoriedade de permanecer em seu domicílio durante a noite e os finais de semana interfere até mesmo em seu mandato na Câmara de Vereadores soteropolitana. “Não [atrapalha] só nas sessões, porque nosso trabalho não é só interno. Eu não posso participar de nenhum evento noturno nem ir nos bairros. Atrapalha a população que me elegeu”, reclama.

Prisco garante que vai aproveitar o parlamento – “que é um espaço democrático” – para “continuar sua luta em prol da segurança pública”. “Vou batalhar pela minha área, tanto na questão da segurança quanto dos servidores públicos. Além disso, vou voltar minha atenção à educação. Quando se investe em educação, não precisa se investir tanto em repressão”, prometeu. O soldado disse que, como deputado estadual, poderá atuar de forma mais ampla no estado. “A diferença é grande. Como vereador, o raio de alcance é muito pequeno em relação ao que será no estado”, avaliou.