O Itamaraty declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que até o momento não recebeu informações sobre mortos ou feridos brasileiros no ataque a uma boate gay em Orlando, na Flórida, ocorrido na madrugada deste domingo (12/6). De acordo com o Ministério, nem por meio de consulados nos Estados Unidos ou Brasília, houve qualquer notificação sobre vítimas do país no massacre, considerado o maior registrado nos EUA em pelo menos 30 anos.
Um atirador deixou cerca de 50 mortos, após abrir fogo dentro de uma boate voltada ao público LGBT. O autor morreu durante uma troca de tiros com a polícia e mais de 50 feridos foram levados ao hospital. Ao todo, o atentado teve duração de três horas, entre 2h e 5h. O FBI classificou o ataque como “um ato de terrorismo” e informou que há suspeitas de que autor tinha “tendências” de relação com o Islã radical.
A rede americana de TV CBS afirmou que o suspeito se chama Omar Mateen, de 29 anos, oriundo de Port St. Lucie. A polícia, no entanto, ainda não confirmou a informação. Filho de pais afegãos, Matee tinha dupla cidadania (americana e afegã), segundo fontes da emissora.
Autoridades estão apurando se ele tinha ligações com o terrorismo islâmico. Omar, munido de um rifle de assalto e de uma pistola, morreu em confronto com a polícia. Ele é cidadão americano e morava em Port Saint Lucie, na Flórida.
Segundo as autoridades, 50 pessoas morreram. Outras 53 ficaram feridas, muitas em estado grave. A cidade de Orlando declarou estado de emergência. O incidente é pior tiroteio em massa na história recente dos Estados Unidos.
Em dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira (10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie, ex-The Voice, após um show.
Pai de suspeito pede desculpas por massacre
Apesar de autoridades americanas ainda não terem confirmado que Omar Mateen, de 29 anos, foi o autor do maior ataque a tiros da história do país ocorrido em uma bate gay em Orlando, na Flórida, seu pai se desculpou em entrevista à TV NBC News neste domingo. Ele se mostrou arrasado pela ação do filho e comentou que Omar já havia mostrado comportamentos de repúdio diante de casais homossexuais.
“Nós estamos falando que estamos nos desculpando por todo o incidente. Não estávamos cientes das ações que tomaria. Estamos em choque como o restante do país. Isso não tem nada a ver com religião”, disse.
Omar Mateen é filho de pais afegãos e tinha dupla cidadania (americana e afegã), de acordo com a emissora. O suspeito não possuia antecedentes criminais aparente, mas os dados ainda serão confirmados pela polícia.