Para muitos o amarelo significa a cor do “dinheiro”, da fartura. Porém, neste sétimo mês do ano ele ganha um significado muito especial de: Atenção. O “Julho Amarelo” é destinado a luta contra as hepatites virais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,4 milhão de pessoas, por ano, morrem em decorrência de doença hepática crônica. A campanha faz referência ao dia 28 de julho, data escolhida pela OMS para celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Este ano a campanha ganhou um “estímulo maior”. Em janeiro, após sanção da Lei 13.802, julho foi oficialmente instituído como mês para chamar atenção da luta contra às hepatites virais, reforçando assim, as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.

Para se ter uma ideia, segundo informações do Boletim Epidemiológico de Hepatites do estado da Bahia, no ano de 2018, aproximadamente, 150 mil baianos contraíram hepatite C e não sabiam que possuíam a doença, visto que, uma das suas principais características é ser silenciosa. Desse total, 50 mil são de Salvador.

A hepatite C, é responsável pela maior parte dos óbitos por Hepatites Virais no país, bem como no Estado da Bahia, e representa a terceira maior causa de transplantes hepáticos no Brasil, e a primeira no mundo Ocidental. Ela pode ser transmitida por compartilhamento de objetos de higiene pessoal e nas relações sexuais sem preservativo.

Além da hepatite C os tipos mais comuns da doença são causados pelos vírus A e B. Estes, por sua vez, são disseminados mediante contato fecal/oral entre indivíduos, por meio de água e alimentos contaminados pelo vírus, no caso do tipo A. Já o tipo B pode ser transmitido por relações sexuais, no contato com o sangue ou leite materno de uma pessoa doente.

Foto: Reprodução

O que ê?

A hepatite é a inflamação do fígado. Além do vírus, pode ser causada também pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas e é considerada um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

Sintomas

Como dito anteriormente, a hepatite é uma doença que, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. Mas, quando estes se manifestam podem estar associados a: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Tratamento

Quando o tratamento é seguido corretamente, a  hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos. Já a hepatites B deve ser tratada e controlada, evitando assim, a evolução para cirrose ou câncer.

A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Ademais, todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se na detecção, através de análises sanguíneas, de anticorpos anti-VHA do tipo IgM que são gerados pelo sistema imunitário e pode ser feito através de testes rápidos. Para os tipos B e C existe disponibilidade nos serviços públicos de saúde. Se o indivíduo tiver mais de 40 anos é muito importante fazer o teste de hepatite C. Na juventude a pessoa pode, em algum momento, ter sido exposta a esse vírus.

Prevenção

A vacina é a alternativa mais eficaz e segura de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto, quem se vacina para o tipo B se protege também  do tipo D; ela está disponível gratuitamente no SUS. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.

Confira abaixo um vídeo divulgação do “Tudo Sobre Fígado”, que fala um pouco da importância dessa campanha contra a hepatite:

 

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