Depois da presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), Bia Kicis (PSL-DF), afirmar que o soldado baleado no Farol da Barra era um herói e havia morrido por “se recusar a prender trabalhadores”, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) lamentou seu posicionamento, nesta segunda-feira (29).

Ao ver da baiana, Bia Kicis politizou a morte do policial e agiu de modo equivocado publicando o tweet em questão. “A parlamentar ataca de forma frontal a democracia ao incentivar motim da PM-BA contra o governador Rui Costa e disseminar fake news sobre o caso”, Alice escreveu, reivindicando ainda a saída de Kicis do CCJ, principal comissão da Câmara dos Deputados.

O discurso crítico acerca do que Bia Kicis disse foi adotado por diversos outros políticos, como o deputado Federal Marcelo Nilo (PSB). Este inclusive disse que ela devia ser enquadrada pelo Conselho de Ética por sua atitude configurar crime, ao seu ver. A também deputada Lídice da Mata (PSB) partilha da ideia de que Kicis atentou contra a democracia.

Fernando Haddad (PT), ex-candidato à presidência do Brasil, também condenou a atitude da presidente do CCJ ao incitar uma revolta da Polícia Militar contra o governo estadual. Para ele, Bia devia receber o mesmo tratamento do deputado federal Daniel Silveira (PSL), preso após atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) em vídeo. “Democracia é um valor inegociável”, Haddad escreveu.

O tweet polêmico da parlamentar afirmava que o policial militar Wesley Góes, morto após atirar contra colegas durante um possível surto, “disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal!”. A mensagem, no entanto, foi apagado por ela posteriormente. Bia Kicis disse aguardar as investigações.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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