As descobertas vieram da observação de cinco mil mulheres na pós-menopausa. Os níveis de açúcar no sangue em jejum e de insulina foram medidos no início do estudo e, depois, mais outras vezes ao longo de 12 anos. Ao final deste período, 81 mulheres desenvolveram câncer colorretal. Os pesquisadores descobriram que mulheres com glicose mais alta eram, aproximadamente, duas vezes mais propensas a desenvolver esse tipo de câncer do que aquelas com níveis mais baixos de glicose. Não foi encontrada nenhuma relação do câncer com os níveis de insulina.

A obesidade – normalmente acompanhada por altos níveis de açúcar e insulina – é um conhecido fator de risco do câncer colorretal. Para os pesquisadores, o impacto da obesidade sobre esse tipo de câncer pode acontecer por causa dos níveis elevados de glicose que acompanham o excesso de peso, ou por conta de algum fator correlacionado com níveis elevados de glicose.

O próximo passo do estudo é saber por que altos níveis de glicose no sangue elevam o risco de câncer colorretal.

Controle a glicose com a alimentação

Todo mundo sabe que a nossa alimentação é um dos fatores mais importantes para a manutenção da saúde, entretanto para os indivíduos com tendência a ter altas taxas de glicose no sangue, a dieta é tão importante quanto os medicamentos. Confira o que a nutricionista Rosana Farah recomenda para melhorar a qualidade de vida nesses casos.

-Siga a dieta todos os dias: mesmo nas férias e finais de semanas, principalmente se estiver usando insulina.

-Coma pouco e várias vezes por dia, em horários fixos: os horários das refeições devem ser regulares para evitar problemas de hiperglicemia ou hipoglicemia. Mantenha um intervalo de três a quatro horas entre cada refeição, evitando assim o risco de hipoglicemia (queda do açúcar no sangue).

-Evite ficar várias horas sem comer para não exagerar na refeição seguinte.

-Evite doces e açúcares simples: estes alimentos aumentam muito as taxas de açúcar no sangue, e desta forma devem ser evitados. Se a vontade for muito grande, prefira ingeri-los (em pequena quantidade) após as refeições principais (almoço e jantar) ricas em fibras , como verduras e legumes (crus e cozidos) e frutas (com casca ou bagaço).

-Não exagere na quantidade de frutas durante o dia: lembre-se que as frutas também possuem um tipo de açúcar (frutose). Coma no máximo três frutas/dia.

-Tome cuidado com alimentos lights e diets: nos produtos diets, o açúcar é substituído por adoçantes, sendo indicado para quem tem diabetes, entretanto os alimentos lights contêm apenas quantidades menores de algum componente (que pode se açúcar), porém estes, normalmente, têm maior quantidade de gordura do que os produtos diet, então não devem se consumidos a vontade.

Lembre-se que estes alimentos (tanto os diet como os light) frequentemente, possuem farinhas e gorduras. Desta forma, sempre que tiver dúvida, verifique os ingredientes no rótulo, ou consulte seu nutricionista.

-Reduza o consumo de gorduras: no preparo dos alimentos use óleos vegetais, como os de soja, arroz, girassol, gergelim, canola ou azeite de oliva extra virgem. Evite carnes com gorduras, embutidos (presunto, salsichas, salames), queijos amarelos, creme de leite, maionese e manteiga. Estes cuidados preventivos poderão evitar complicações do diabetes.