O jogador Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, está suspenso do futebol após suspeita de fraude no exame anti-doping. Além da punição, o atacante, que é alvo do Bahia, perdeu valor de mercado.
O preço do passe Gabigol abaixou em 8 milhões de euros depois do dia 28 de março, quando a suspensão foi divulgada. O valor de mercado do atacante do Flamengo agora é de 9 milhões de euros, cerca de R$ 48,8 milhões, que é quase metade do passe estipulado antes da punição.
Há dois anos, Gabigol valia 26 milhões de euros (mais de R$ 134 milhões à época), seu maior valor de mercado registrado.
A Fraude
Após o decreto da suspensão, o jogador e com o apoio do Flamengo, buscará efeito suspensivo da punição de dois anos afastado por tentativa de fraude em um exame antidoping na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Não há previsão para que o caso seja reavaliado, mas a expectativa é por um retorno ainda neste mês, no meio de abril. E duas versões serão decisivas para a reversão ou não do gancho.
As imagens internas do clube serão disponibilizadas para embasar os depoimentos. A ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), responsável pelo teste, afirma que Gabigol deixou de cumprir procedimentos cruciais para o exame ser válido, o que fez com que os agentes não pudessem garantir a integridade da amostra, ou seja, que a urina era de fato dele.
A resistência do jogador em fazer o teste, é o principal motivo que o fez ser punido por tentativa de fraude ao teste antidopagem, independentemente do resultado final negativo.
Versão da ABCD
Os agentes da ABCD relataram que chegaram ao Centro de Treinamento para recolher as amostras dos atletas como determina o procedimento. Gabigol foi o único que disse que primeiro faria seu treino, o que ainda não configura uma irregularidade.
A defesa do jogador alega que nesse relato há contradição. Em depoimento, um dos agentes teria afirmado que os profissionais chegaram antes do atleta, o que seria desmentido pelo circuito interno do Ninho do Urubu – na versão do Flamengo, o atacante chega às 8h, e os oficiais perto de 9h.
Uma fonte ouvida pela reportagem afirma que foram vários os procedimentos não observados por Gabigol, o que fez com que os agentes não tivessem como afirmar, ao fim do processo, que a urina estivesse nas condições exigidas. Isso invalida o teste – por isso, o resultado negativo do teste pouco importou no julgamento – e motiva a denúncia por tentativa de fraude – e posterior suspensão.
