O deputado federal André Janones (Avante-MG) lançou nesta semana um livro chamado “Janonismo Cultural: O Uso das Redes Sociais e a Batalha pela Democracia no Brasil”, que traz a sua prática política combativa ao bolsonarismo nos últimos anos e que, segundo ele, auxiliou na vitória do atual presidente Lula (PT) nas últimas eleições.

No entanto, de acordo com o jornalista Ricardo Noblat, o parlamentar traz histórias surpreendentes sobre a criação de uma onda de fake news que favorecessem o então candidato petista, o que caiu mal para o cenário de esquerda.

Na obra, Janones relata que um desses casos foi sobre o desaparecimento do celular do ex-ministro Gustavo Bebianno. Criou-se rumores de que o aparelho sumiu por ordem do próprio Bolsonaro, que não queria que isso caísse na mãos da oposição, já que Bebianno tinha virado um rival após sair do governo.

Após isso, o deputado criou uma mentira ao afirmar que o ex-presidente Fernando Collor seria um ministro de Bolsonaro em seu segundo governo. Para ele, isso foi para ‘contra-atacar’ a informação de que José Dirceu voltaria a ocupar alguma cadeira ministerial, caso Lula vencesse.

Para ele, isso seria uma hipótese plausível, já que Collor foi um dos grandes apoiadores da campanha bolsonarista, mas não era um fato confirmado.

Uma das mais atuais foi sobre as meninas venezuelanas. Durante a campanha, foi resgatado um vídeo de Bolsonaro falando que tinha “pintado um clima” com adolescentes da Venezuela que se refugiaram no Brasil, o que causou revolta para muita gente.

O político mineiro provocou, em um vídeo nas redes, dizendo que foi à cidade onde as meninas vivem e conseguiu provas e gravações contra o então presidente sobre o caso, insinuando a probabilidade de ter ocorrido assédio ou algo mais. No entanto, nada foi confirmado e não passou de estratégia de campanha.

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