Em Fevereiro de 2050, daqui a 30 anos, se iniciará na vida das crianças desse futuro não tão longe uma nova etapa escolar. Claro, se não houver algum cambio climático que mude o calendário escolar. Essa geração terá aulas bastante parecidas com as nossas, já que nada novo vemos no horizonte educacional que mude nossa forma de apreender. Não tenho aqui intenção de filosofar sobre educação. Vou me explicar no seguinte parágrafo.

O material didático dos alunos de 2050 poderá ter milhões de formatos, impresso, digital, quem sabe tatuado na pele pra não esquecer ou em lousas super modernas que substituam as carteiras de hoje. Tal vez, óculos de realidade virtual ou um chip cutâneo. Mas ele terá e nunca deixará de ter, conteúdos. Variados e com conhecimentos atuais. Coisas que não imaginamos e algumas que se repetirão. Ciências Exatas, Biologia, Filosofia (veremos se sobrevive), Geografia e História. Pensemos nesta última nossa querida matéria de História.

Muita coisa nova acontecerá desde hoje, 25 de junho de 20, até Fevereiro de 2050 e toda essa história que ainda viveremos será incluída. Não quero dar uma de vidente e muito menos dar um prognóstico, mas a Pandemia será um assunto que não faltará. As páginas dos livros dos nossos netos estarão repletas de informações do que estamos vivendo agora. Com detalhes farão um levantamento de vitimas e dos principais países e protagonistas desse momento histórico.

Sempre há um capítulo que fala do Brasil, nesse tema não faltará. Estudarão o momento histórico e nosso trágico desempenho. Descrita estará a troca de ministros de saúde até a chegada de um interino que fica, como o nome de interino, mas fica. Falarão que uma parcela da população ficou repetindo as falas do Presidente que se referiu ao Covid-19 como uma Gripezinha, um invento da mídia, que o Brasileiro pulava no esgoto e nada, bla, bla bla, etc.

 O material didático trará observações sobre a fragilidade do nosso sistema de saúde e do distanciamento social, que alguns não respeitaram e colocaria em risco a vida do coletivo. Resenhará sobre as Fake News que circularam e o pouco pudor que as pessoas tinham em compartilhar elas nas redes sociais. Em anexo, virão as manifestações contra a democracia e o STF durante a pandemia, desrespeitando os protocolos de saúde e a foto será a das bandeiras dos Estados Unidos e Israel reinando no Planalto. E o link para ler em casa será a resenha de um ministro de Educação que deseducou durante a Pandemia também.

Terminará, provavelmente, como um questionário para responder com a ajuda dos familiares que possam ter vivenciado o momento. O professor reforçará que a história se aprende para que, sendo negativa, não seja repetida. Se eu pudesse contribuir para esse material didático, elaboraria a última pergunta do questionário.

Seria assim:

– Qual foi o comportamento da sua família durante a pandemia? Analisando esse comportamento, A sua família contribuiu para o crescimento ou a contenção do vírus? Que nota, de 0 a 10, você atribuiria para esse comportamento? Não respondam agora, esperem para 2050.

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