“O Hospital Metropolitano, [em Lauro de Freitas], que vai ser inaugurado agora no mês de fevereiro [2021], ele já vai funcionar nesse modelo, que a gente chama de modelo referenciado”, a afirmação foi dita na manhã desta quarta-feira (2/12), pelo secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, durante participação na primeira edição do programa Bahia No Ar (Rádio Sucesso 93,1/ rádio Metropolitana Web).

O modelo passou a integrar o atendimento do Hospital Geral de Camaçari (HGC) desde a terça-feira (1/12). Com isso, os pacientes são encaminhados para a unidade de saúde através da Central Estadual de Regulação, a partir de outros hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192).

O modelo referenciado ainda determina que demandas que não representem risco de morte, definidas pelo secretário como “urgências”, devem buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde ou em uma UPA.

Durante a entrevista ao radialista Roque Santos, Vilas-Boas ressaltou que no Hospital Geral do Estado (HGE), bem como em outros hospitais da Bahia, esse modelo já é uma realidade e tem proporcionado resultados positivos.

“A emergência do HGE, se a pessoa chegar lá andando e dizendo que está com uma dor no joelho ela não vai ser atendida. A mesma coisa é no Hospital do Subúrbio, em Salvador, que atende todo o Subúrbio, e em outras unidades no Estado da Bahia; elas já funcionam assim por vários meses”, assegurou.

“Nós estamos organizando a rede de saúde. Imagine, você vai lá na emergência do Hospital Geral de Camaçari, que é um hospital pequeno, um hospital de pequeno para médio porte, e você acaba vendo aquela quantidade enorme de pessoas aguardando atendimento. Os corredores acabam ficando superlotados de pessoas em observação aguardando resultado de exames e na sua maioria, absoluta das vezes, mais de 95% dos atendimentos são atendimentos de baixa complexidade, que não precisam usar a emergência do hospital. A emergência, como o próprio nome já diz, ela tem que ser reservada apenas para emergência”, acrescentou.

Na sequência, o secretário revelou que após a aplicação desse modelo no Hospital do Subúrbio, situado na capital baiana, a quantidade de cirurgias mensais aumentou significativamente.

“Para se ter uma ideia, o Hospital do Subúrbio depois que nós passamos a regular a entrada, ele dobrou o número de cirurgias, saindo de quatrocentos e cinquenta [450] para mais de mil [1000] cirurgias por mês, aumentando a produtividade. O que a gente está conseguindo com isso é tornar os hospitais mais eficientes e sem nenhum prejuízo para a população”, garantiu.

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