A baiana Emili Maria dos Santos vive uma luta contra um câncer no rosto. Ela foi diagnosticada com carcinoma mucoepidermóide.
Moradora de Salvador, Emili é auxiliar de limpeza e convive com a mãe, que no momento está desempregada. Para ajudar a custear e se manter durante o tratamento contra a doença, a jovem criou uma vaquinha online. O objetivo é arrecadar R$ 20 mil.
Quando tinha 7 anos, ela descobriu um câncer muito raro e agressivo na região da parótida (lado direito do rosto). Aos 8 anos, realizou o primeiro procedimento cirúrgico, onde foi feito um esvaziamento cervical e foi colocado uma prótese. Com 10 anos, o tratamento com radioterapia foi iniciado e ao concluir o tratamento radiológico, ela ficou realizando acompanhamento com o médico oncologista.
Quando fez 14 anos, Emili recebeu o diagnóstico de cura do câncer. Mas, em janeiro desse ano, ela recebeu um novo diagnóstico da doença. O câncer tinha voltado para o mesmo lugar, porém, muito mais agressivo.
“Ano passado comecei a sentir muitas dores na mandíbula, dentes e muita dificuldade em abrir a boca. Resolvi procurar meu médico oncologista que me acompanhou na infância. O médico me indicou fazer fisioterapia, porém, tudo que estava sentindo persistia e com uma maior intensidade, voltei a procurar meu médico. A partir dessa última consulta fiz o exame de tomografia e o médico me disse que estava tudo bem com o exame. Porém, as dores ainda persistiam e a dificuldade em abrir a boca estava maior, e novos sintomas apareceram. Meu rosto começou a inchar muito, meu olho está sendo afetado devido ao inchaço, o que dificulta a minha visão do lado direito, perda de peso e, ferimentos na boca e rosto”, relata a paciente.
“Já iniciei o tratamento com radioterapia no dia 17/03. Inicialmente, irei realizar 36 sessões, para passar por uma nova avaliação médica e ser definido os novos passos do tratamento, se será cirurgia ou novas sessões de radioterapia”, explicou ela.
Emili fez uma solicitação de auxílio doença ao INSS, mas foi negada. A empresa onde ela trabalha não aceita mais atestados médicos. “Estamos passando por diversas limitações de alimentação, moradia e privações, vivendo de ajuda de alguns conhecidos e familiares, o que está dificultando muito o meu tratamento”.