A atriz Regina Duarte e a Rede Globo encerraram a relação contratual em comum acordo, após mais de 50 anos. A decisão foi motivada depois que a artista aceitou (no dia 29 de janeiro) o convite do presidente Jair Bolsonaro para comandar a Secretaria Especial de Cultura.

“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira”, pontuou a atriz. E acrescentou: “Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre”.

No último dia 19, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio destacou que Regina deve assumir a pasta no prazo de dez a quinze dias após o Carnaval.  A Secretaria Especial da Cultura herdou as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro ao assumir a Presidência, e agora faz parte do Ministério do Turismo.

Regina Duarte assumirá o cargo deixado pelo ex-secretário Roberto Alvim, que foi demitido pelo presidente no dia 17 de janeiro após a vinculação e repercussão negativa de um vídeo publicado nas redes sociais em que Alvim utilizou frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels (ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, na Alemanha nazista).

Atriz

Regina estreou na emissora atuando na novela “Véu de Noiva”, no ano de 1969. De lá para cá, ela fez parte de 31 novelas, a exemplo dos sucessos “Selva de Pedra” (1972), “Guerra dos sexos” (1983) e “Roque Santeiro” (1985), quando viveu a Viúva Porcina.

Por seu desempenho ao “dar vida” à várias mocinhas, Regina Duarte ganhou o apelido de ‘Namoradinha do Brasil’ e viveu o ícone da emancipação feminina do fim dos anos 70. Por três vezes, ela interpretou as famosas ‘Helenas’ do autor Manoel Carlos: em “História de Amor” (1995), “Por Amor” (1997) e “Páginas da Vida” (2006).

O último trabalho de Regina na emissora foi na novela “Tempo de amar”, exibida em 2017.

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