O bloqueio de verbas destinadas as universidades e institutos federais anunciados pelo Ministério da Educação (MEC), vai atingir estudantes de Camaçari. Sem dinheiro para as despesas, o campus do Instituto Federal da Bahia (IFBA) situado no município deve funcionar somente até o mês junho. 

Em entrevista para o Bahia No Ar, a diretora pró-tempore da instituição, Elisa Casaes, explicou que após o anúncio do corte de 30% em abril, o instituto foi informado que o bloqueio será de 38%, aplicado no custeio do instituto, o que corresponde a R$ 655 mil em cima do orçamento aprovado de R$ 1.723 milhões.  

“Considerando que a gente já tem sem a supervisão de aplicação desse bloqueio, quatro meses de execução orçamentária de janeiro a abril, esse novo limite de 38% é em torno de R$379.251 mil e a gente tem uma despesa mensal de R$ 180 mil, a gente conclui que o campus só honrará suas despesas até junho deste ano”, explicou. 

A diretora administrativa, Aline Hohenfeld, ressaltou que a situação é complicada não só para os estudantes e servidores, como para toda a população, pois se trata de algo que vai prejudicar a educação.  Ela disse também, que desde 2015, quando outros recursos foram cortados, provocando redução no quadro de colaboradores, diminuição de passagens e impactando as atividades acadêmicas, estudos foram feitos com o objetivo de manter a qualidade e o funcionamento do campus.

O diretor eleito em processo de transição, Eduardo Teles, disse que outras medidas emergenciais estão sendo estudadas, mas, a preocupação maior, segundo ele, é que não seja inviabilizada a proteção do patrimônio do campus, bem como o funcionamento das atividades – o ensino, a pesquisa e a extensão.

” Existe um estudo de readequação dos espaços administrativos,um estabelecimento dos horários de uso dos aparelhos. Mas, apesar dessas medidas, o campus não vai atingir o valor projetado do bloqueio”, lamentou.

Por fim, os representantes do instituto pontuaram que esperam que o bloqueio seja revertido, considerando que a educação é dever do estado e que cabe a União financiar as instituições públicas e federais.

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