Nesta quarta-feira (21) o governo decidiu suspender o edital que havia selecionado séries sobre “diversidade de gênero” e “sexualidade”, a serem exibidas nas TVs públicas. A decisão foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU), após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falar mal de algumas produções pré-aprovadas, todas com temas LGBT. As informações são do G1.

A portaria, que conta com a assinatura do ministro da Cidadania Osmar Terra, suspende o edital por 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 180.

“Após a recomposição do CGFSA [Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual], fica determinada a revisão dos critérios e diretrizes para a aplicação dos recursos do FSA [Fundo Setorial do Audiovisual], bem como que sejam avaliados os critérios de apresentação de propostas de projetos, os parâmetros de julgamento e os limites de valor de apoio para cada linha de ação”, diz a publicação.

Na última quinta-feira (15) Bolsonaro havia assegurado que não iria permitir que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) liberasse verbas para algumas produções com temas LGBT que tentam captar recursos.

“Conseguimos abortar essa missão”, comentou o presidente na ocasião.

As quatro obras citadas por ele participaram de um edital realizado pela Ancine, pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Elas seriam financiadas pelo FSA, diretamente.

As obras são: “Afronte”, “Transversais”, “Religare Queer” e “O sexo reverso”, projetos de séries que foram anunciadas em março como parte de uma seleção preliminar do processo.

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