A “sabatina” promovida pelo senador Otto Alencar (PSD) durante o depoimento da médica Nise Yamaguchi, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, dividiu opiniões. Enquanto alguns celebraram o jeito como expôs a defensora do suposto “tratamento precoce”, outros apontaram que o baiano passou do ponto.

Nesta quarta-feira (2), ele se manifestou sobre o fato ocorrido no dia anterior, negando a tentativa de desqualificar Nise. “O que eu quis fazer? Eu quis mostrar que nunca deu certo se levar uma medicação, mesmo velha, antiga, que é o caso da hidroxicloroquina e outras medicações, serem usadas para uma doença nova, desconhecida”, afirmou à Folha.

Como médico, Otto Alencar levou questionamentos técnicos à sessão da última terça-feira (1) e diz que pretendia ver a base das visões médicas da profissional, sem menosprezá-la.

“Não foi para atingi-la. Tratei o tempo todo a doutora Nise Yamaguchi como senhora, vossa senhoria. Claro que cada pessoa tem uma maneira de se dirigir. Se a minha veemência aconteceu, aconteceu porque não suportava mais ver tantas coisas negadas que foram afirmadas no passado”, ele disse.

O senador reiterou que tinha como objetivo demonstrar na CPI que o Ministério da Saúde, como instituição jurídica, não pode prescrever receitas para 15 milhões de brasileiros. Na ocasião, ele declarou que Nise não sabia nada de infectologia e nem ao menos estudou o assunto.

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