A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Camaçari, informou através de uma nota em seu site que tomará providência contra ação do policial militar que desrespeitou e violou prerrogativas de advogado Leandro Ribeiro, na tarde da ultima terça-feira (06), nas dependências da 18ª Delegacia de Polícia de Camaçari.

Segundo relatos da Ordem, o advogado chegou à delegacia para acompanhar um cliente, que acabava de ser preso em flagrante pelos policiais militares, quando um policial apontou um dos dedos para o advogado e teria dirigindo palavras consideradas desrespeitosa e de abuso de autoridade. Segundo relatos, o policial militar disse que o “mau da advocacia são essas prerrogativas”, e que “essa história de democracia, agora acabou”.

Para o Presidente Paulo Carneiro, as prerrogativas são, além de inegociáveis, invioláveis, considerando que qualquer ato atentatório as prerrogativas são uma afronta ao próprio Estado Democrático de Direito, e que posturas como a adotada pelo policial militar atingiram não só o advogado Leandro Ribeiro, mas toda a advocacia.

Ainda segundo o Presidente da Subseção, todas as medidas já estão sendo tomadas, e toda assistência moral e jurídica está sendo ofertada ao advogado. Confira a nota na íntegra:

Por volta das 17h45min de ontem (06), o advogado Leandro Ribeiro teve suas prerrogativas severamente violadas, por parte de um policial militar, nas dependências da 18ª Delegacia de Polícia de Camaçari.

Na ocasião, o advogado chegou à delegacia para acompanhar um cliente, que acabava de ser preso em flagrante pelos policiais militares, quando foi apontado o dedo pelo policial ao advogado, dirigindo palavras de extremo desrespeito e abuso de autoridade. Ainda, segundo foi apurado, o policial militar disse que o “mau da advocacia são essas prerrogativas”, e que “essa história de democracia, agora acabou”. Foi ainda informado, que momento da prisão, nas dependências da delegacia, o irmão da vítima foi agredido pelo policial militar. Tais fatos foram presenciados por testemunhas, inclusive uma advogada que estava na hora na delegacia.

Segundo foi constatado, o policial militar ficou incomodado com a presença do advogado para acompanhar o flagrante.

O Presidente Paulo Carneiro foi acionado pelo telefone pelo advogado, que de imediato, solicitou auxilio dos advogados Thiago Bianchi e Carlos Henrique Cavalcante, que compareceram à delegacia para prestar assistência, pois no momento não estava em Camaçari.

Na oportunidade, o Presidente da Subseção Camaçari manteve contato por telefone com o Comandante do 12ª Batalhão de Polícia de Camaçari, Tenente-Coronel Marcelo Grun, informando os fatos, bem como, que as medidas legais seriam tomadas pela Subseção.

Igualmente, na oportunidade, o Presidente Paulo Carneiro solicitou a Delegada Titular da 18ª DT de Camaçari que designasse um policial para efetuar o registro da ocorrência, para fins de início das medidas cabíveis, o que foi feito.

Em razão da ausência de delegado plantonista para lavrar o flagrante na 18ª DT de Camaçari, por determinação do Departamento de Polícia Metropolitana, o flagrante foi lavrado na 23ª Delegacia de Lauro de Freitas, onde funciona o plantão metropolitano.

Na delegacia de Lauro de Freitas, compareceu o Presidente Paulo Carneiro, para acompanhar e prestar assistência ao advogado Leandro Ribeiro, ficando até o final do procedimento de lavratura do flagrante e vista do auto ao advogado.

Segundo o Presidente Paulo Carneiro, as prerrogativas são, além de inegociáveis, invioláveis, considerando que qualquer ato atentatório as prerrogativas são uma afronta ao próprio Estado Democrático de Direito, e que posturas como a adotada pelo policial militar atingiram não só o advogado Leandro Ribeiro, mas toda a advocacia.

Segundo o Presidente da Subseção, todas as medidas já estão sendo tomadas, e toda assistência moral e jurídica está sendo ofertada ao advogado. Afirmou ainda Paulo Carneiro, que ainda nesta manhã (07), pessoalmente, comparecerá ao 12º Batalhão de Polícia de Camaçari, para em conversa com o comandante da unidade, através de ofício, pedir providências imediatas do batalhão, bem como, já acertou com o advogado Leandro Ribeiro[1], o acompanhar à Corregedoria Geral da PM em Salvador, além dos fatos serem levados ainda ao conhecimento do Ministério Público.

 

 

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