O sistema público de saúde de Lauro de Freitas está passando por uma crise severa após as últimas eleições, ocorridas no dia 6 de outubro. Desde então, pelo menos duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram fechadas e os atendimentos ficaram cada vez mais restritos, deixando grande parte da população sem possibilidade de ser acompanhada.

Os detalhes são trazidos em reportagem feita pelo jornal Correio 24h nesta quarta-feira (20), abordando as ações da atual prefeita, Moema Gramacho, depois de não ter emplacado o sucessor e perdido para a sua grande rival, Débora Regis (União).

Agora, em toda a cidade existe apenas uma UPA, localizada no bairro de Itinga, para atender toda a demanda de forma precarizada. De acordo com servidores entrevistados, existe a falta de funcionários (que foram demitidos recentemente), além de materiais importantes para o trabalho cotidiano, como material de sutura, radiografia, laboratório e medicações (penicilina, loratadina).

“Tem pessoas que trabalharam 12 plantões e só receberam dois. Tem gente que trabalhou quatro e recebeu três. São cortes aleatórios, sem nenhuma explicação”, disse um médico, que recebeu apenas 6 dos 10 plantões trabalhados em outubro.

Os descontos realizados pela gestão chegam a 70% das folhas salariais ainda existentes, já que mais de 1600 pessoas – de diversas áreas – foram cortadas nestes últimos dois meses. O problema na saúde lauro-freitense não assola apenas a rede de urgência, mas até os serviços básicos nos postos, que estão funcionando de forma limitada.

O Correio procurou a prefeitura, que respondeu apenas que os serviços essenciais foram mantidos. A realidade, no entanto, demonstra o total inverso da situação.

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