Uma mulher foi condenada a 22 anos e 4 meses de prisão pela morte de seu marido, em São Simão, no estado de Goiás. Segundo a denúncia do Ministério Público, a autora orquestrou a morte da vítima para ficar com seu seguro de vida, em 2017.
A denúncia narra que Mônica e Edailton Luís da Silva mantiveram um relacionamento amoroso por aproximadamente 1 ano e 8 meses, tendo dois filhos em comum. Criavam ainda uma adolescente, filha da mulher de outro casamento.
Foi apurado pelas autoridades que Edailton tinha um seguro de vida de R$ 26 mil e que, pouco antes de morrer, possuía mais R$ 13 mil de um acerto trabalhista. Mônica então teria veleado à filha que pensava em matar o marido.
Assim, para ajudar a mãe, a adolescente teria procurado Rafael Nunes Pinheiro e perguntado se ele faria o serviço. O réu, então, procurou um outro adolescente, fazendo-lhe a mesma proposta. O rapaz aceitou a tarefa por R$ 5 mil. Após “negociações” entre Rafael, Mônica e o adolescente, ficou acertado o preço de R$ 4 mil.
Os três, juntamente com a filha da ré, acertaram os detalhes do crime, que deveria ocorrer enquanto Edailton dormia.
Em 22 de novembro daquele ano, Rafael e o adolescente entraram, encontrando-se com mãe e filha. Os dois primeiros foram até o quarto da vítima, que dormia sob efeito de remédios e, armados com facas, deram 15 golpes em Edailton.
Minutos depois, a acusada ligou para polícia dizendo que dois homens encapuzados invadiram a sua casa, renderam a todos e mataram o seu marido. Mônica chegou a receber o seguro de vida, concluindo o pagamento prometido, ainda conforme descrito pelo Ministério Público de Goiás (MP-BA).
Mônica foi condenada por homicídio, mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O júri também reconheceu que os acusados corromperam dois adolescentes para a prática de crime hediondo.