De acordo com a agência France Presse, a morte do médico chinês Li Wenliang provocou uma onda de revolta na população do país. O médico oftalmologista foi apontado como um dos primeiros a identificar a existência da epidemia provocada pelo novo coronavírus (2019-nCoV) e, em seguida, alertar as autoridades – atitude que provocou a convocação dele pela polícia.
Li tinha 34 anos e morreu no hospital central da cidade de Wuahn (considerada o epicentro da doença). Ele foi infectado pelo vírus quando tratava um paciente. O médico era casado e tinha uma filha de cinco anos.
Por conta da reação negativa da população à morte de Li, as autoridades chinesas anunciaram a abertura de uma investigação.
O novo coronavírus já ocasionou a morte de 637 pessoas na China e 1 nas Filipinas, e mais de 31 mil pessoas estão contaminadas pela doença.
O governo da China é acusado de subestimar a gravidade do coronavírus no início da proliferação da doença, bem como de tentar mantê-lo em segredo. A morte do médico ilustra a situação caótica dos hospitais de Wuhan, que seguem bastante saturados pela quantidade de pessoas infectadas.
No início deste mês, o governo chinês admitiu que houve falha na resposta à epidemia do novo coronavírus.
Médico convocado pela polícia
Li Wenliang é apontado como um dos primeiros a identificar a existência do surto do novo coronavírus e alertar as autoridades. Ele foi um dos oito médicos que a polícia chinesa investigou sob acusação de “espalhar boatos” relacionados ao surto. O oftalmologista contraiu a doença quando tratava um paciente.
