Após a demissão de Osmar Loss, o Vitória apresentou o seu novo comandante técnico, Carlos Amadeu. O treinador foi apresentado como o novo comandante do time do Vitória na tarde desta terça-feira (6) e pela primeira vez foi efetivado no cargo. Anteriormente ele chegou a assumir o Leão de forma interina e é bastante reconhecido na divisão de base pelos inúmeros títulos conquistados.

Amadeu iniciou a coletiva agradecendo pela oportunidade e relembrou que faz parte da história da “reconstrução” do Vitória.

“Todo esse conhecimento que você traz, faz parte do DNA do Vitória. A gente se sente muito orgulhoso. Poderia ter acontecido muitos anos atrás, mas acho que Deus dá o momento certo. Me sinto maduro, preparado, rodado e com a cara do Vitória. Um cara que trabalhou aqui desde 1991 e viu o clube ser reconstruído. Já existia, mas se transformou em um clube ainda maior. Passa a ser reconhecido por suas divisões de base. Tenho orgulho de fazer parte desse DNA, participar desse processo de construção nos anos 90, de minha última passagem entre 2009 e 2015, onde a gente pôde construir bastante. Onde passei, fui muito respeitado. Todo mundo sabe quem é o Vitória, reconhece o Vitória como clube formador”

O novo treinador do Vitória foi questionado sobre o que pode fazer com que ele seja mantido no cargo de treinador, visto que no Brasil, a permanência de um técnico numa equipe por muito tempo é muito difícil.

“As vitórias. As vitórias, as conquistas. É o que vai nos fazer permanecer no cargo. A gente sabe a cultura do futebol brasileiro, que todos nós participamos dela. É um contexto, uma conjuntura. A gente precisa, de forma gradativa, ir mudando essa cultura. Mas, enquanto não mudamos, a gente tem que conseguir o resultado. Nesse quesito, a gente consegue controlar alguns fatores. Treinamento, alimentação, descanso. A gente pode controlar até a performance da equipe através do treinamento. Mas não pode controlar as intempéries do futebol, mas não pode controlar o resultado”.

Sobre o atual momento do clube, Amadeu afirmou que vai encarar com naturalidade qualquer pressão.

“Quem não aguenta pressão não pode trabalhar no Vitória, no futebol brasileiro, no futebol baiano. O torcedor tem uma identificação comigo. Se sente representado por um baiano, por uma pessoa que veste a camisa do clube, que conhece o clube, que tem a raiz, o DNA do clube. Diria que é chão de fábrica. Uma pessoa que se preparou para isso. Além de ter jogado futebol, passado por todas as categorias de base, experiência internacional que o clube proporcionou, acho que a gente está sempre aprendendo. A identificação com o torcedor é fundamental para o crescimento do clube. Torcedor entender que o momento é delicado e que só tem uma forma de reverter a situação, que é unido, trabalhando junto”.

“Diria que começar um trabalho, iniciar, no início do ano, é sempre melhor. Mas a gente tem que estar preparado para assumir em situações adversas. Todas as vezes que assumi algum clube, assumi em situações adversas. A própria seleção brasileira. Os desafios sempre foram grandes. Sempre topei, encarei e cresci com isso. Espero crescer com o Vitória”.

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