Após a repercussão da notícia, em meados do mês passado, de que o jornalista Dony De Nuccio teria descumprido o Código de Ética da Rede Globo ao se envolver com publicidades para o Banco Bradesco, foi anunciado nesta quinta-feira (1°), pelo Notícias da TV, o pedido de demissão do comunicador.

Dony faturou nos últimos dois anos cerca R$ 7 milhões produzindo conteúdos, através da empresa na qual é sócio, para o Bradesco. Esses conteúdos eram divididos entre cartilhas, vídeos e palestras para bancários em treinamento.

Até aí tudo bem. Mas, o problema é que Dony quebrou o Código de Ética da Globo que proíbe que profissionais do jornalismo façam propaganda. O trabalho paralelo de Donny era escondido da emissora.

Em parte do e-mail enviado a Ali Kamel (Diretor Geral de Jornalismo da Rede Globo), Dony reclamou da violação do sigilo fiscal e de correspondência. Ainda no texto, o jornalista admite que contrariou o código de conduta da empresa ao faturar R$ 7 milhões com publicidade para o banco Bradesco.

“Procurei vasculhar o histórico de dois anos de emails enviados por mim enquanto cumpria função na empresa. De fato, na esmagadora maioria das vezes, eu não tratava de valores com contratantes. Mas, em algumas circunstâncias pontuais, e das quais eu sinceramente não me recordava, há sim menção a cifras e projetos”, discursa De Nuccio no e-mail enviado a Kamel.

Dony, que era especulado como provável substituto de William Bonner para a bancada do Jornal Nacional, comandava a apresentação do Jornal Hoje ao lado da jornalista Sandra Annenberg, desde 2017, quando o antigo âncora do telejornal, Evaristo Costa, pediu demissão da casa.

O jornalista, de 35 anos, entrou no Grupo Globo em 2011 e teve uma ascensão meteórica na rede. Após trabalhar em telejornais locais de São Paulo, assumiu o programa Conta Corrente, do canal pago Globo News.No fim de 2015, virou apresentador do Jornal das Dez. Menos de dois anos depois, entrou na vaga deixada por Evaristo.

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