Na manhã desta quarta-feira, 5, o Bahia No Ar conversou com dona Luciana, mãe da jovem de 21 anos, identificada como Dalila Brandão Barbosa, que durante a madrugada de hoje foi vítima de uma tentativa de feminicídio. Segundo contou a mãe, o suspeito pelo crime é o ex-companheiro da filha, que no momento das agressões, estava dormindo em sua residência, situada na região de Monte Gordo, Costa de Camaçari.

“Ontem à noite ela foi deitar, no caso, ela dormiu. Mas, como ele já tinha morado na casa, ele tinha conhecimento da casa. Ele pulou a janela, aproveitou que ela estava dormindo e deu vários golpes de faca na cabeça, no rosto, nas costas e nos braços, inclusive, ela está com um grande ferimento no braço direito”, revelou Luciana.

A jovem, que estava dormindo e foi acordada após receber vários golpes de faca, mesmo bastante ferida, conseguiu pedir ajuda, conforme relatou a mãe.

“Quando eu ouvi minha filha gritando, eu corri, nós [família] corremos, e chegando lá, ela já estava toda lavada de sangue, os vizinhos [também] apareceram e a gente levou ela pra UPA de Monte Gordo, onde foram dados os primeiros socorros. Saímos de lá três e pouca da manhã, chegando aqui quatro horas da manhã”, acrescentou.

Passado o susto inicial, Luciana assegurou que Dalila “passa bem, graças a Deus. Só está esperando só o ortopedista para olhar o braço, mas muito ferida”.

Relacionamento

Questionada como era a relação do ex-casal, que são pais de um menino de 3 anos de idade, a mãe destacou que nos últimos 6 meses eles, mesmo separados, viviam em constantes conflitos.

“Eles já estavam juntos há três anos, inclusive, eles têm um filho de 3 anos de idade. Mas, já vinham discutindo há vários anos, mais ou menos. Só que de um ano pra cá eles já estavam se separando, separado mesmo já tem seis meses, só que ele continuava indo em casa e tudo, por causa do menino”, começa.

Perguntada se a filha chegou a registrar queixa contra o ex-companheiro, antes da agressão, Luciana afirma que não, sob a justificativa de que “as agressões eram só verbais, não chegou a ter agressões físicas [antes da madrugada de hoje]”. “A gente suspeitava de discussões, mas não suspeitava de ser uma coisa tão grave assim”, estendeu.

Investigações

Luciana disse ainda que o suspeito não foi detido.”Na hora que nós chegamos ele já não estava mais no local. Imediatamente, meu filho foi até a delegacia de Monte Gordo, levando a faca [utilizada no crime] e prestou queixa. Então, agora estamos aguardando”, finalizou.

O caso, que possivelmente pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha, foi registrado na 33ª Delegacia Territorial (DT), de Monte Gordo e segue sob investigação da Polícia Civil.

 

0 0 votos
Article Rating