Após ficar mais de um ano com shows sem a presença de público, a categoria de artistas baianos ainda sente o peso da dificuldade. Na tarde desta quinta-feira (18), os cantores Bimbinho, agora chamado de Simpa, Dammys Monteiro, Pincel Reis e o empresário Gueguê discutiram sobre a realização do Carnaval em 2022 e o retorno dos festejos populares.

Em entrevista ao programa Bahia no Ar, Simpa ressaltou que os pequenos músicos e quem estar por trás dos palcos sofrem mais que os grandes artistas, devido aos patrocínios e destacou confiança na vacinação. “Nossa classe foi a primeira a parar e até agora não voltou a normalidade. A vacina veio para frear a pandemia. A gente não sabe como vai se refletir a vacina lá na frente, mas esse momento é o que tem freado a pandemia. A minha classe artística, a gente não conseguiu retornar e vivemos disso”, afirmou o cantor.  

Simpa concluiu que o “pessoal da produção e bastidores sofrem com a falta dos eventos. Grandes artistas não sofrerem por conta de altos patrocínios em lives ”.

Quem também esteve presente no debate foi o cantor Pincel Reis, de Arembepe, na Costa de Camaçari. Pincel é favorável ao retorno das festas, conforme o avanço da vacinação e questiona a “contradição” do governo da Bahia em liberar a presença de grandes públicos em estádios de futebol.

“Um bloco pega cinco mil pessoas, nos estádios esse número é cinco vezes maior que um bloco de Carnaval. Eu faço um comparativo entre um bloco e a Fonte Nova. Quem tá sendo prejudicado muito hoje é a classe musical. Músicos com depressão. A gente vai porque gosta, não é só pelo dinheiro é porque gosta. Olhe o metrô, os ônibus? A aglomeração é diária e muito pior que o Carnaval”, desabafou Pincel.

Dammys Monteiro, voz conhecida em Camaçari e compositora, chamou de “esdrúxulas” as ideais de pessoas que são antivacina, que se recusam a ser imunizados, mas querem festejar entre o povo. “Eu acho que as pessoas precisam se conscientizar sobre a importância da vacina. Quanto mais pessoas vacinadas vamos poder curtir em paz e trazer nossas festas novamente e voltar nossas rotinas normais”. Dammys não deixou de fora que os festejos são o sustento de muitas famílias que trabalham como ambulantes”.

“O quanto antes tiver um número maior de pessoas vacinadas, poderemos voltar as nossas festas”, concluiu Dammys e cobrou fiscalização do comprovante de vacina.

O empresário Gueguê contribuiu dizendo que “a gente depende muito do setor de entretenimento, emprega várias pessoas e terceiriza várias. Mas também temos a preocupação com a saúde dos colaboradores. A gente precisa que a economia melhore na cidade, mas precisamos andar juntos com a saúde. A gente quer muito que aconteça, mas não adianta fazer e lá na frente perder mais pessoas. Pode vir um surto muito grande depois do Carnaval”.

Veja a entrevista na íntegra aqui.

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