Depois de Élcio Nogueira da Silva (conhecido por seu apelido ‘Sapatão’, atleta do Esporte Clube Bahia na década de 70), dar nome a uma ala de Terapia Intensiva do hospital de campanha montado na Arena Fonte Nova, em Salvador, mais um setor do tipo foi batizado com o prenome de algum jogador de futebol que fez história no futebol baiano.
Na sexta-feira (12), segundo informações do Governo do Estado, uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) recebeu o nome de Artur Brasiliano Maia, jogador considerado um dos grandes ídolos do Esporte Clube Vitória.
A homenagem ao falecido esportista “é uma forma de inspirar profissionais de saúde e pacientes internados, de que o tradicional palco do futebol, também é um local com histórias de superação e conquistas”, frisa o governo.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, revelou que além das alas de UTI, as enfermarias também receberão nomes de ex-atletas.
“Além das quatro alas de Terapia Intensiva, que totalizam 100 leitos de UTI, também vamos homenagear ex-atletas nas enfermarias”, garantiu.
Sobre Artur Brasiliano Maia
Artur Maia nasceu no dia 13 de outubro de 1992 e era natural de Maceió. Ainda garoto, veio para o Esporte Clube Vitória, na época com dez anos de idade. Considerado uma “joia rara”, destaque da divisão de base, aos 18 anos já estava entre os profissionais e foi promovido ao grupo principal.
Ele foi campeão baiano em 2010 e 2016, e ganhou a Copa do Brasil Sub-20 de 2012, sendo eleito o melhor jogador. Defendeu ainda o Joinville (SC) e o América (RN) e teve uma boa passagem pelo Flamengo (2014/15) antes de se transferir para o Kawasaki Frontale do Japão.
O último clube de Artur foi a Chapecoense (SC), emprestado pelo Vitória no ano de 2016. O jogador faleceu no dia 29 de novembro daquele ano, quando o avião que conduzia a delegação do time catarinense caiu na cidade de La Unión, próximo a Medellin, na Colômbia.
Sapatão
Como dito inicialmente, ‘Sapatão’ foi o primeiro craque homenageado pela unidade de saúde, que trata exclusivamente de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus (Covid-19).
Capitão tricolor em todos os títulos da inigualável conquista do heptacampeonato estadual, entre 1973 e 1979, ele faleceu no início do mês, mais especificamente do dia 5 de junho.