Jairta Lima, deu entrevista a TV Subaé e disse que não teve a intenção de ser preconceituosa. Ela foi acusada pela mãe de uma criança autista de ter feito um atendimento discriminatório na loja da Riachuelo, em Feira de Santana, nesta sexta-feira (17).

A atendente afirmou que em momento algum, teria distratado Karla Gurgel e o filho. Jairta foi demitida após a denúncia. A mulher gravou um vídeo para justificar a sua postura.

Na gravação, enviada para a TV Subaé, que é afiliada da TV Bahia, Jairta Lima diz que

“Essa mãe sabe que a nenhum momento eu destratei ela, a nenhum momento eu destratei a criança. Ela sabe que em nenhum momento eu falei qualquer coisa com a criança ou com ela”.

De acordo com a atendente, o motivo da sua irritação foi com sua colega que estava no caixa preferencial, porque encaminhou a família para o caixa dela e acabou quebrando uma meta interna da loja

“Quando eu atendi essa cliente no meu caixa, eu atendi ela super bem com a criança, e, quando eu terminei de atender ela, eu falei: ‘Porque você está trazendo essas bombas para mim?'”.

Durante o relato, Jairta explicou como funcionava a meta. “Bomba lá na loja, quando a gente quer dizer, é cartão de terceiros, que não é cartão da loja. Aí, cartão terceiros derruba a meta que a gente bate na loja. Se você passa um terceiro, derruba a meta. Se você passa um Riachuelo, você aumenta”, completou.

“Eu quero pedir para as pessoas encarecidamente para parar de compartilhar esses vídeos, porque não são reais. Veja as duas partes antes de julgar. Eu sou mãe de duas crianças. Eu entendo o que essa mãe passa”.

A atendente contou que em casa ela era a única que estava trabalhando no momento.

“Eu sou uma mãe, fui desempregada por justa causa, meu esposo desempregado, não tenho outro meio de trabalho… e, dessa forma, como estão colocando a minha imagem, como uma pessoa preconceituosa, vai ser difícil eu conseguir um emprego para sustentar minhas filhas”.

A família que se sentiu agredida, registrou o caso na delegacia da cidade.

Segundo o advogado Paulo Aguiar, eles pretendem também ingressar com uma ação indenizatória na Justiça. “Sabemos que qualquer que seja o valor a título de indenização não será capaz de reparar os danos sofridos pela criança e seus familiares, pois é imensurável e de difícil quantificação, mas buscamos uma sentença pedagógica, para que as pessoas não cometam essas atitudes discriminatórios”

O caso

Através de um vídeo a situação foi exposta. O caso aconteceu nesta quinta-feira (16), nas imagens feitas pelo marido de Karla Gurgel e publicada no Instagram, ela contou que foi fazer uma compra na loja Riachuelo do Boulevard Shopping, quando a funcionária teria classificado o atendimento dela como uma “bomba”.

“Apresentei a carteirinha dele, porque ele tem direito a atendimento prioritário. Fui atendida por essa moça e ela me passou para a outra moça lá embaixo para ser atendida. Assim que terminou o atendimento, ela disse para a moça: ‘Não me passe essas bombas não‘”, detalhou.

O que diz a Riachuelo

Em um primeiro posicionamento, postado no Instagram, a Riachuelo informou que não concorda com a atitude denunciada e deu a entender que a funcionária foi demitida. Confira abaixo:

“Nós da Ricachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas. O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Ricahuelo”.
O que diz o shopping

“O Boulevard Shopping informa que acionou o lojista para providências e reafirma que este tipo de abordagem não condiz com as orientações de atendimento ao público e boas práticas adotadas pelo shopping”.

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