Pré-candidato a governador da Bahia pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Jaques Wagner aparece atrás de ACM Neto (DEM) em pesquisa de intenção de voto divulgada no início de novembro. Em entrevista ao Bahia No Ar, nesta sexta-feira (19), o petista revelou que não vê garantia nos resultados.

“A pesquisa eleitoral quantitativa, quando é feita 10 meses e meio antes da própria eleição, eu não tenho dúvida de lhe dizer que a pesquisa mede muito pouco”, ele ressaltou, pontuando que parte considerável dos entrevistados ainda não sabe o que responder ou votaria nulo.

“O povo neste momento está preocupado é com a carestia, desemprego, Covid, segurança e por aí vai. Na minha opinião, essas pesquisas ainda são muito precipitadas. É só olhar minha eleição de 2006”, o senador da República falou, relembrando o episódio em que a mídia acreditava que seu opositor venceria em primeiro turno, mas foi Wagner quem obteve sucesso com 52,89% dos votos contra Paulo Souto.

A pesquisa realizada pela Atlas entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro, no entanto, agora indica um cenário diferente. Conforme divulgado pelo Valor Econômico, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, lidera com 45% dos votos para o governo da Bahia, enquanto Jaques Wagner tem 27% e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), aparece com 4%.

Curioso é que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 62% as intenções de voto para presidir a República. Wagner revelou ao Bahia No Ar que conta com a popularidade do líder político para obter sucesso no próximo pleito.

“O ex-prefeito [Neto], ele está com um problema: ele não tem candidato a presidente da República. Então ele está fingindo que está morto pra questão nacional. Não existe isso, porque quem comanda a eleição não sou eu nem ele, é o povo. E o povo comanda a eleição a partir da eleição presidencial”, destacou.

Quando bota na pesquisa meu nome colado com o do Lula e dos outros candidatos, eu posso lhe garantir que a gente passa na frente. Até porque a campanha não começou. O ex-prefeito e o outro candidato [Roma], que é atual ministro, estavam na mídia o tempo todo. Eu nunca fui me meter no governo de Rui”, o senador refletiu.

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