O pedido de interdição imediata da Feira de Camaçari, feito pelo Ministério Público Estadual (MPE), será julgado em audiência marcado para o próximo dia 3 de setembro, ás 15h, no Fórum da cidade. A ação, apresentada no final de junho pelo promotor Luciano Pitta da Promotoria de Justiça de Urbanismo e Meio Ambiente do MPE em Camaçari, ao juiz César Augusto Borges de Andrade, da Vara da Fazenda Pública, é reforçada por lista de irregularidades constatadas e enviadas ao MPE pelo próprio município, através da então Secretaria de Serviços Públicos (Sesp).
Entenda o caso
Desde 2013, o MPE solicita a realização de serviços de melhorias no Centro Comercial de Camaçari (CCC), como é conhecido oficialmente o espaço. No documento, 18 tópicos detalham os perigos de infestação de doenças, falta de higiene e má preservação dos alimentos. O promotor ainda relata a ausência de uma fiscalização sanitária e aponta para perigos na fiação elétrica em contato com produtos inflamáveis.
O documento aponta também, para o alto índice de furtos e roubos e atividades proibidas por lei como prostituição, tráfico de drogas, exploração de menores e jogos de azar. As tentativas de buscar uma solução para o problema estão relatadas. “A administração há muito perdeu o controle sobre o Centro Comercial de Camaçari”, hoje transformado em “terra de ninguém”, disse Pitta.