O Núcleo Dirigente Transitório, que administra o Cruzeiro nos últimos meses, devido à crise que o clube tem enfrentado, divulgou detalhes da investigação realizada pela Kroll. O processo foi encaminhado ao Ministério Público do estado de Minas Gerais.

No levantamento, feito pela empresa especializada em investigações corporativas, foram encontrados gastos suspeitos que chegam ao montante de quase R$ 40 milhões, no período entre 1º de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2019, relativos à gestão anterior do clube.

O Cruzeiro liberou à empresa de auditoria “acesso irrestrito aos arquivos físicos, aos sistemas eletrônicos de gestão administrativa e aos funcionários do clube”. O trabalho de investigação aconteceu entre 3 de março e 15 de maio a partir destes dados e também de maneira virtual, respeitando as orientações de distanciamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus.

“A metodologia de investigação da Kroll abrangeu um estudo dos processos e procedimentos internos do Cruzeiro, seguido do mapeamento de conexões familiares e empresariais de 645 pessoas consideradas relevantes. Também foram coletados e analisados documentos corporativos, bases financeiro-contábeis e 214 GB de dados eletrônicos advindos de computadores do Cruzeiro. Ao todo, foram analisados 795 documentos, 1.116 transações financeiras e 803 comunicações eletrônicas”, diz o documento, liberado parcialmente pelo clube na segunda-feira (18).

Segundo o tradicional clube mineiro, há ainda mais informações a serem aprofundadas pelo Ministério Público e outras autoridades.

“Infelizmente não podemos divulgar os dados pois envolve sigilo de informações, o que poderia prejudicar as investigações e o reembolso. O que desejamos neste momento é o ressarcimento de tudo o que foi indevidamente retirado”, explicou Kris Brettas, superintendente Jurídico do Cruzeiro.

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