Diego tem músicas gravadas por duplas sertanejas como e Edson e Udson

Mais sertanejo universitário para a coleção do leitor do CORREIO. Depois de João Gabriel e Michel Teló, os leitores do jornal ganham na edição de hoje um CD com músicas do mais novo artista do gênero, Diego Faria, 23 anos. São 100 mil exemplares do álbum, que contém 15 faixas, sendo 12 de autoria do artista, como Elas Ficam Loucas, A Louca da Balada e Estruturas.

Diego Faria é novo no pedaço, mas quer conquistar o Brasil com suas músicas. Paraibano, começou a cantar muito cedo, caindo de amores pelo sertanejo universitário. O início foi num coral da igreja, aos 8 anos. Depois, participou de vários shows de talentos. “Mas o que eu queria era cantar e tocar violão”, afirma o artista. Não demorou muito para finalmente aprender, mas a maneira como conseguiu foi inusitada.

Ídolos

O seu grande sonho era conhecer o cantor e compositor Zé Ramalho, seu conterrâneo. A oportunidade apareceu quando ficou sabendo que o artista iria se apresentar na cidade onde Diego nasceu, Areia, na Paraíba. Ele resolveu, então, escrever uma carta para seu ídolo, pedindo para conhecê-lo.

E não é que deu certo? Diego não só conheceu, como também ganhou de presente de Zé Ramalho um songbook de MPB com músicas cifradas para aprender a tocar violão. “Com esse livro tive a oportunidade de conhecer artistas como Djavan, por exemplo”, relembra o cantor.

Mas o que o rondava mesmo era o sertanejo. “Em casa, minha mãe ouvia muito a dupla Leandro e Leonardo, o que acabou me levando para este estilo”, conta Diego, completando: “Fui influenciado também por duplas como Zezé di Camargo e Luciano e Chitãozinho e Chororó.

Quando Diego completou 15 anos, contrariou a vontade da mãe, que queria vê-lo médico veterinário. Ele foi morar em São Paulo para tentar seguir o sonho de ser cantor profissional. Foi aí que começou a participar do show de calouros de Raul Gil, na época exibido pela TV Record.

Hit do brasileirão

Esse foi o caminho que usou para ir conquistando seu público. Diego também começou a compor músicas para artistas já conhecidos gravarem. A lista não é pequena: Jorge e Mateus (A Carne É Fraca), Bruno e Marrone (Te Amo Feito Louco), Edson e Udson (Não Vou dar Moral) e César Menotti & Fabiano (Estressada). Contudo, foi com a sua própria voz que Diego conquistou a marca de quase 6 milhões de visualizações no Youtube com o clipe de sua música Elas Ficam Loucas. Um dos grandes divulgadores da música é Fred, jogador do Fluminense. Ele ouviu a canção em uma roda de violão com o amigo Diego e na hora improvisou uma coreografia que foi reproduzida várias vezes em campo. Dessa forma, muitos ficaram conhecendo o hit. Ao comemorar um gol, o jogador fazia a coreografia e cantava a música de Diego.

A moda pegou e até os jogadores Ronaldinho Gaúcho e Adriano – outro amigo pessoal – passaram a adotar a comemoração após os gols. A música foi considerada o hit do Campeonato Brasileiro de 2012. “Fred foi o primeiro a dançar minha música. Ele me apadrinhou e me apresentou aos meus empresários”, afirma o paraibano.

Carnaval

A meta agora é fazer um DVD para registrar esse momento da carreira. “Tudo indica que saia no meio de 2014 e que será gravado em São Paulo”, releva o cantor sobre os seus planos. Os baianos que ainda não conheciam Diego tiveram uma oportunidade no último Carnaval, quando ele estreou na maior festa da Bahia.

“Fiz muitos contatos e amigos em Salvador. Gostei muito e pretendo voltar aí, com toda a certeza”, conta Diego, que teve a oportunidade de conhecer artistas como Magary, Tomate, Felipe Pezzoni, Seu Maxixe, Léo Satana, Bell Marques e os filhos Pipo e Rafa. “Só não conheci a rainha Ivete”, lamenta.

Desses encontros, o público já pode esperar boas parcerias como, por exemplo, com Pezzoni, o novo cantor do Eva: “Vamos gravar uma música juntos. Pretendemos fazer uma mistura do axé com o sertanejo”, adianta.

Enquanto isso, os fãs de sertanejo e de Diego vão conhecendo e curtindo as canções do mais novo artista do gênero. “A promoção do CORREIO é muito boa. Veio para alavancar minha carreira. Só tenho a agradecer”, diz o músico.