Nesta quinta-feira (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a falar sobre o Auxílio Emergencial de R$ 600 destinado, sobretudo, aos trabalhadores informais afetados pela crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Maia defende, além da prorrogação do benefício, a manutenção do valor de R$ 600.

O governo federal, inclusive, já anunciou que será realizado o pagamento de duas parcelas extras do Auxílio Emergencial,no entanto, ainda não foi divulgado qual foi o valor fixado. Alguns membros da equipe econômica chegaram a afirmar que o benefício pode ser reduzido para R$ 300.

Em entrevista à GloboNews, na presente data, Maia destacou que o custo de não prorrogar o auxílio poderá ser muito maior do que continuar os pagamentos. Durante sua análise, ele também ressaltou que o número de pessoas que requeriram a ajuda foi muito maior do que o esperado, e que é preciso discutir os caminhos para financiar a prorrogação.

Entre as opções citadas por Maia estão: a aprovação pelos parlamentares de crédito extra. e o encontro de “caminhos” no orçamento deste ano, capazes de bancar o auxílio.

Ainda de acordo com Maia, retomar as discussões da reforma tributária pode ser um caminho no encontro de soluções do financiamento, no médio e longo prazo da dívida pública, que tem aumentado em maiores proporções em meio à pandemia da Covid-19.

“Não é uma coisa simples pelo custo permanente em relação ao orçamento público. Tem que se fazer um debate com o governo, com o parlamento, com a sociedade, encontrar as fontes pra financiar isso. Temos no orçamento brasileiro condições de encontrar caminhos, sem dúvida nenhuma. Há muitas distorções no orçamento público brasileiro, mas esse debate precisa começar, se construído ao longo de 2020, para que em 2021 você possa ter a possibilidade de ter um programa de renda mínima”, assegurou Maia.

Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados frisou que os debates sobre o Auxílio Emergencial retomaram as discussões na Câmara sobre programas permanentes de renda mínima. Ele garantiu que já existe um grupo de deputados estudando os programas sociais existentes e o que pode ser feito.

“Não é uma coisa simples pelo custo permanente em relação ao orçamento público. Precisamos achar as fontes pra financiar isso. Há muita distorção no orçamento brasileiro, mas o debate precisa começar já, pra que a gente consiga pensar nesse programa de renda mínima o quanto antes”, informou.

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