A Fonte Nova abrigará um movimento pela democracia no Bahia, hoje, às 18h. Será o lançamento do Bahia da Torcida, organizado por empresários, advogados, publicitários e políticos de oposição.
O grupo exige democracia no clube, reforma do estatuto e mudanças estruturais. “A torcida precisa participar e poder interferir no Bahia”, diz o sócio-diretor da agência Leiaute Propaganda, Sidônio Palmeira, um dos coordenadores da iniciativa.
Já confirmaram presença o secretário de relações internacionais do governo do estado e ex-presidente do Bahia, Fernando Schmidt; o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Bellintani; a primeira-dama Fátima Mendonça; e o deputado estadual Uziel Bueno, que protocolou na mesa diretora da Assembleia pedido de CPI do futebol baiano. “Temos o apoio do governador e do prefeito”, diz Palmeira.
A partir do lançamento, haverá campanha de mídia, com outdoors e ações nas redes sociais e nos meios tradicionais. “A repercussão tem sido boa. É um desejo de toda torcida”, comenta o empresário, preocupado com a crise esportiva e administrativa no clube.
O Bahia da Torcida se reúne há três meses, desde o fiasco no Nordestão, com queda na fase de grupos, e acelerou as ações após as campanhas no Campeonato Baiano e na Copa do Brasil.
Encontro Esta semana, após o movimento intensificar as reuniões, o presidente Marcelo Guimarães Filho se encontrou com o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Wagner e um dos cabeças do movimento, para tentar frear o grupo. Em vão.
Público Zero
Na Fonte Nova, ontem, antes da partida entre Bahia e Luverdense, integrantes da Revolução Tricolor, outro grupo que cobra democracia no Bahia, reforçou a campanha “público zero”. Nas bilheterias, o pedido era para o torcedor não comprasse ingressos.
“O maior erro dele (Marcelo Guimarães Filho) é achar que o clube é dele. O problema do Bahia é de gestão. Um clube sem transparência que se tornou um grupo de amigos”, criticou Mário Júnior, integrante da Revolução Tricolor.
"O Bahia é quem nem um paciente que está na UTI. E a torcida é o balão de oxigênio. Se a gente não vier, acaba”, ponderou Diego Bonfim, que entrou na Fonte Nova, apesar do clima de protesto.
Já os mineiros e torcedores do Atlético-MG, Guilherme Lincoln e Rodrigo Monteiro, foram a convite do amigo Roberto Abraão, torcedor do Bahia, conhecer a arena de Salvador para a Copa 2014. “Toró tá no Bahia? É por isso que o time tá nessa situação”, brincou Guilherme, empolgado com o Galo na Libertadores.