Antes tarde do que nunca… O clássico BA X VI deste domingo de Dia das Mães (13) deu motivos de sobra para as mães tricolores comemorarem. E não só elas…
Toda a torcida do Bahia vibrou, após empate de 3 X 3 do time, levando à conquista do título de campeão baiano sobre o Vitória, no estádio de Pituaçu.
Campanha
Bastou Paulo Roberto Falcão chegar para o Bahia engatar de vez. Melhor campanha da primeira fase, o time fez nove pontos a mais que o maior rival e termina a competição com o melhor ataque do Baiano.
Virada
O Bahia começou o primeiro tempo começou com a taça nas mãos. Com o 0 a 0 no primeiro jogo, o Tricolor dependia apenas de um novo empate para ser campeão. Por isso, o Vitória tratou de tomar a iniciativa em campo. Com o meio formado com três volantes, o time de Paulo Roberto Falcão teve dificuldade na saída de bola e foi surpreendido pelo rival.
A formação ofensiva de Ricardo Silva e a aposta nos cruzamentos surtiram efeito imediado. Logo aos quatro minutos, o zagueiro Victor Ramos levantou a bola na área e Neto Baiano nem precisou de muito esforço para abrir o placar. Vigésimo sexto gol dele no Campeonato Baiano e a taça a caminho da Toca do Leão.
A parte rubro-negra de Pituaçu ainda fazia festa quando Gabriel levantou a bola na área. Ela passou por todo mundo e encontro Fahel livre para dominar e chutar forte no canto direito do goleiro Douglas. Empate em campo e tranquilidade para o Bahia.
Além de ter sofrido o gol de empate, o Vitória levou outro baque logo em seguida.
Principal arma ofensiva da equipe, Romário se machucou em uma disputa com Lulinha e deixou o gramado. Como Léo havia sido vetado para a partida, Ricardo Silva teve que improvisar o zagueiro Gabriel Paulista na posição.
Aí o domínio passou a ser tricolor. Em apenas três minutos, Lulinha teve duas oportunidades de virar o placar. Na primeira, completou de letra um cruzamento de Fahel e viu Douglas fazer uma defesa espetacular. Na segunda, avançou sozinho em direção ao goleiro, mas se atrapalhou e mandou a bola para fora.
Quando o jogo se caminhava para o empate no primeiro tempo, falha geral na zaga do Vitória. Gabriel cobrou uma falta da intermediária, Douglas falhou na saída e a bola entrou sem tocar em ninguém. Gol que aflorou os ânimos dentro de campo. Os jogadores do Vitória cercaram o árbitro para reclamar de falta no lance.
A reclamação gerou intenso bate-boca entre os jogadores nos minutos finais do primeiro tempo. Na saída para o intervalo, Neto Baiano e Uelliton se desentenderam com Danny Morais, mas a turma do deixa disso conseguiu evitar que o espetáculo de dentro de campo fosse manchado pela briga fora dele.
Emoção e título tricolor
Na volta para o segundo tempo, Ricardo Silva tirou Marquinhos de campo e colocou Dinei para formar dupla de ataque com Neto Baiano. Mas quem assustou mesmo foi o Bahia. Em boa jogada de Madson pela direita, Souza ficou com a sobra e bateu colocado. A bola, caprichosamente, encontrou a trave de Douglas.
O susto inicial fez com que o Vitória partisse para cima em busca do gol de empate. O que não demorou para acontecer. Em cobrança de escanteio, Diones fez falta dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Neto Baiano fez o 27º dele no Baiano, se igualou a Cláudio Adão e recolocou o Vitória na partida.
Logo depois do gol de empate do Vitória, Douglas se redimiu da falha no segundo gol tricolor. Titi cabeceou com perigo e o goleiro rubro-negro salvou em cima da linha. No contra-ataque, Dinei aproveitou cruzamento de Neto Baiano e virou o placar mais uma vez. Festa da parte vermelha e preta de Pituaçu.
Com o Vitória novamente na frente do placar e a taça a caminho da Toca do Leão, o Bahia teve que voltar a atacar com mais força. E chegou ao empate em um lance bem comum do tricolor. Gabriel levantou a bola na área, Douglas não segurou a cabeçada e Diones mandou para o fundo das redes.
Com o gol, o Bahia voltou a controlar a partida, foi em busca do quarto gol e o clima voltou a esquentar. Pela segunda vez consecutiva, o técnico Falcão abusou das reclamações, foi expulso e teve que acompanhar os últimos minutos da entrada do vestiário.
De lá ele viu Souza desperdiçar duas boas chances de colocar o Bahia na frente do placar mais uma vez. Viu também Marcelo Lomba salvar o Tricolor por duas vezes em apenas um minuto. Lamentou quando Uelliton chutou a bola na barriga de Vander, os dois se desentenderam e foram expulsos. Respirou aliviado quando Pedro Ken recebeu um
cruzamento sozinho dentro da área e mandou longe do gol de Marcelo Lomba. Ficou irritado quando Souza foi expulso por ter dado um tapa no rosto de Gabriel e comemorou como nunca quando o árbitro Wilson Seneme apitou o fim da partida. Após longos e angustiantes dez ano, o torcedor do Bahia pôde soltar o grito engasgado de campeão. E a Bahia voltou a ser tricolor.