Com a soma de todos os fatores que podem causar inadimplência, como cheque sem fundo e cheque sustado, a Bahia chegou a 3,94 % de inadimplência em 2011, número 14,87% mais alto que em 2010, quando o estado registrou 3,43%, segundo pesquisa da TeleCheque, baseada nos números dos seus clientes em 20 estados do país. Os baianos são os sextos piores pagadores do Brasil, atrás apenas de Amazonas (4,45%), Paraíba (4,28%), Rio Grande do Norte (4,17%), Pará (4,11%) e Maranhão (3,93%). Já entre os mais honrados, a Bahia aparece em 18º, com 95,56%. Na pesquisa, a soma entre os inadimplentes e os honrados não dá 100%, pois uma margem de cheques não foram aprovados até o fim de 2011, estando em processo de avaliação ou foi recusado por outro motivo que não inadimplência, como extravio.
Os homens baianos, com 4,44% de inadimplência, deram mais “calotes” do que as mulheres baianas, que alcançaram a marca de 4,20%. A Bahia apresentou também aumento de 18,77% na quantidade de cheques sem fundo de 2010 para 2011. Mesmo com números desanimadores, há quem acredite numa mudança de cenário para 2012. Presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes Neto enxerga o aumento de renda como solução para a redução da inadimplência. “A perspectiva de crescimento de massa salarial da população estará contribuindo para o crescimento do consumo. Porém, a população baiana precisa se conscientizar de que é preciso planejar os gastos extras a fim de manter suas contas em dia”, acredita.
O setor com mais calotes pelos 20 estados pesquisados são instituições de ensino, causando 5,1% de inadimplência, seguido de eletrônicos, com 4,64% e lojas de magazines e lojas de departamento, ambos com 4,04%. Os setores mais honrados são o de combustíveis com 98,46% e o de óticas, com 98,45%. Os critérios da pesquisa da TeleCheque levam em conta os valores reais das transações com cheques, e não a quantidade de folhas emitidas.