No último domingo (20), a Arena Fonte Nova, em Salvador, foi tomada por uma multidão de devotos e admiradores da primeira santa soteropolitana, baiana e brasileira: Santa Dulce dos Pobres, canonizada no dia 13 de outubro, em Roma. A cerimônia, primeira no país após a freira virar oficialmente santa, contou com a encenação da peça ‘Império de Amor’ (trazendo a trajetória de Irmã Dulce), além de apresentações musicais, interligadas ao espetáculo, que contaram com a participação de artistas como Margareth Menezes, Saulo e Tuca Fernandes. O domingo foi finalizado com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Arcebispo e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
O Bahia No Ar acompanhou toda a cerimônia. Dona Zuleide, que ao saber da canonização de Santa Dulce do Pobres, agora conhecida também como Anjo Bom do Brasil, adiou alguns compromissos para estar presente, também contou ao BNA que acompanhou a freira baiana ainda em vida, “eu vi várias vezes Irmã Dulce passando em procissão”, lembrou.
“Eu fiz de tudo, deixei de ver meu neto no Canadá, estava com tudo reservado, mas quando fiquei sabendo dessa maravilha de Irmã Dulce ser canonizada eu deixei tudo”, disse. Zuleide ainda acrescentou que esteve presente em Roma no dia 13. “Fui para Roma, participei da canonização no Vaticano, participei também da Missa de Ação de Graças, eu estou toda arrepiada, estou emocionada, gratificada por todas as bênçãos, vocês não sabem quantas bênçãos ela [Santa Dulce] já derramou pra eu estar aqui hoje, pra eu ter ido para Roma, foi muito maravilhoso”, finalizou.
O diácono Davi, da Arquidiocese de Salvador, também conversou com o BNA e fez uma reflexão sobre o significado da santa para o mundo.
“Homenagear santa Dulce dos pobres para nós é um orgulho, não só para nós católicos, para todas as pessoas que buscam Deus. Irmã Dulce é um grande exemplo. Irmã Dulce aproximou para nós a santidade, quando nós falamos de santo, de muitos anos atrás, a gente pensa que é algo distante, mas nós andamos no lugar onde ela [Santa Dulce] passou, a igreja é a mesma. Então, Irmã Dulce não é heroína, ela é uma santa, porque não podemos imitar um herói, só ele faz um feito dele. Mas, o que Irmã Dulce fez, a santidade, nós podemos fazer que é cuidar do outro com amor, com carinho e olhar o próximo como a nós mesmos”, pontuou o diácono.
Também estiveram presentes na cerimônia personalidades políticas, a exemplo do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) e o Governador da Bahia, Rui Costa (PT).
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