Nesta quarta-feira (12), o deputado Ricardo Barros (PP-PR) usou as redes sociais para anunciar que, após indicação do presidente Jair Bolsonaro, ele será nomeado como o novo líder do governo na Câmara dos Deputados. Na publicação, o político agradeceu ao mandatário brasileiro “pela confiança do convite”.

“Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança do convite para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados com a responsabilidade de continuar o bom trabalho do Líder Vitor Hugo, de quem certamente terei colaboração. Deus me ilumine nesta missão”, escreveu Barros.

Reprodução / Twitter

Ricardo Barros já atuou como ministro da Saúde, durante o governo do ex-presidente Michel Temer; à época, ele deixou o cargo para disputar as eleições de 2018, quando foi reeleito deputado federal.

Centrão

Bolsonaro tem se aproximado dos partidos do chamado ‘Centrão’, desde meados de abril deste ano. O grupo atua de maneira informal na Câmara dos Deputados, e reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita.

Inclusive, a escolha de um deputado que faz parte do grupo para assumir a liderança do governo consolida essa ‘proximidade’, tendo em vista que, agora, caberá a Ricardo Barros orientar votações em plenário em concordância com a posição do Planalto.

Com o apoio dessa bancada, o governo do presidente Jair Bolsonaro consegue formar maioria para aprovar projetos de interesse do Executivo no plenário da Câmara, bem como para rejeitar as chamadas “pautas-bomba” ou temas de interesse da oposição.

Em troca, a negociação costuma envolver a cessão de cargos no governo aos partidos, que podem indicar aliados para ministérios, estatais ou órgãos federais nos estados.

Vice-liderança

No que diz respeito as regras de regimento da Câmara, o Presidente da República pode indicar até 15 vice-líderes de governo na Casa Legislativa. Presentemente, 14 deputados estão na função. Recentemente, o governo estabeleceu trocas no cargo e, em algumas delas, afastou apoiadores da ala mais radical.

No início de julho, o Planalto fez quatro trocas na vice-liderança, entre elas a do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que deixou o cargo. Outro exemplo é o de Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos parlamentares que teve a quebra de sigilo determinada pelo STF, e que também deixou a função na ocasião.

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