A relação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com seu vice Hamilton Mourão (PRTB) vem se desgastando e não é de hoje. Os dois já divergiram publicamente e é pouco provável que sua chapa se repita nas eleições de 2022, algo reforçado pelas últimas declarações de Bolsonaro. Ontem (26), o chefe do Executivo comparou o general da reserva a um cunhado inconveniente.

“Ele tem uma independência muito grande, por vezes atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado: você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado ir embora”, afirmou. O presidente também fez questão de destacar que a escolha do aliado para o pleito de 2018 foi de última hora, sem muito planejamento.

“Vice é uma questão importantíssima para agregar simpatias. Alguns falam que o bom vice poderia ser de Minas Gerais ou de um estado do nordeste ou uma mulher, um outro perfil mais agregador pelo Brasil. Isso está no radar de qualquer candidatura majoritária. O meu foi feito meio a ‘toque de caixa'”, completou.

Jair Bolsonaro conta ainda que, caso concorra à presidência, terá mais cuidado ao escolher os deputados federais que apoia. Isso porque muitos dos parlamentares que se elegeram levando seu nome, hoje se posicionam como inimigos do governo federal.

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