O presidente Jair Bolsanaro (PSL) e o governador da Bahia, Rui Costa (PT) parece que tão cedo não vão encerrar a troca de farpas. Nesta terça-feira, 23, Bolsonaro afirmou que o governador baiano não autorizou a presença da Polícia Militar para fazer a segurança na cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista.

Em resposta, Rui disse que, como o evento é exclusivamente federal, as forças federais devem fazer a segurança do presidente — a PM é uma força estadual.

Vale ressaltar que o governador já havia declarado que não participaria do evento por considerá-lo restrito a poucos convidados, “como se fosse uma convenção político-partidária”.

Bolsonaro viajou nesta manhã para Vitória da Conquista, em sua primeira viagem ao Nordeste após a polêmica causada por declaração dele sobre governadores da região. Em conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni, o presidente se referiu aos estados nordestinos como “Paraíba”, afirmando que “daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”.

Sem a PM, agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército, além de seguranças particulares, participam do esquema de segurança da inauguração nesta manhã. Centenas de pessoas — entre elas apoiadores e críticos de Bolsonaro — se reuniam do lado de fora do terminal por volta das 10h30. O clima era pacífico, e um telão foi montado para transmitir a cerimônia.

Além de Rui Costa, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal (PP), também informou que não participaria do evento no Aeroporto Glauber Rocha, em solidariedade à decisão do governador. A filha do cineasta baiano que dá nome ao novo terminal, Paloma Rocha, também se recusou a ir à solenidade.

Polêmica sobre o Nordeste

A polêmica de Bolsonaro envolvendo governadores nordestinos ocorreu na última sexta-feira (19), antes do início de café da manhã com jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto. O presidente afirmou, em conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni, que “daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”.

Após a fala, governadores nordestinos rebateram a declaração em carta aberta.

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