Com a possibilidade do veto sobre a distribuição gratuita de absorventes para mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social ser anulado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), comentou que se a decisão for derrubada pelo Congresso ele vai tirar recursos da saúde ou a educação.

De acordo com o presidente, “faltam meios até para o ‘auxílio-modess’, né? Se eu pudesse, eu assinaria, sancionaria. Não posso fazer demagogia no tocante a isso. Lamento quem tem dificuldade para comprar isso. Se o Congresso derrubar o veto, a gente vai tirar da saúde ou da educação. De um dos dois vai tirar e vai ser bem mais de R$ 100 milhões”.

Além de estudantes da rede pública e pessoas em situação de rua, estavam na lista as mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal, bem como as internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

O presidente Jair Bolsonaro vetou ainda o trecho que incluía absorventes nas cestas básicas fornecidas por meio do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Vale lembrar que o Congresso ainda pode decidir derrubar ou manter esses vetos.

O estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que no Brasil, 713 mil jovens não têm acesso a banheiro e chuveiro em suas próprias casas e mais de 36% são negras.

O presidente falou em entrevista para a imprensa, em Guarujá, em São Paulo, onde vai passar o feriado de 12 de outubro. Ele ainda ressaltou que compreende que existem mulheres nessa situação e na linha da pobreza.

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