O subprocurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o cargo de procurador-geral da República (PGR).

A informação foi dada pelo próprio presidente nesta quinta-feira (5), em um evento no Ministério da Agricultura.  A indicação ainda precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado pelo plenário da Casa. Aras substituirá Raquel Dodge no cargo. O mandato dela acaba no dia 17 de setembro. Como o prazo para a tramitação no Senado é curto, o mais provável é que haja um período de transição entre e Dodge e o novo indicado.

Segundo o presidente, Aras terá “respeito” ao produtor rural, a fim de casar “preservação” e o trabalho no campo. “Uma das coisas conversadas com ele, já era sua prática também, é na questão ambiental. O respeito ao produtor rural e também o casamento da preservação do meio ambiente com o produtor”, declarou Bolsonaro.

Mais tarde, durante uma transmissão ao vivo por uma rede social, Bolsonaro falou sobre o perfil que levou em conta para fazer a escolha: “Sem querer desmerecer ninguém, a gente buscou uma pessoa que fosse nota 7 em tudo, não nota 10 em algo e 2 em outra”.

Augusto Aras não integrou a lista tríplice de nomes sugeridos pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) à Presidência da República para assumir a PGR.

Bolsonaro não é obrigado a escolher alguém da lista. Nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e também nos dois de Dilma Rousseff o escolhido para a PGR foi o primeiro da lista. O ex-presidente Michel Temer escolheu Raquel Dodge, segunda da lista.

Após o anúncio da indicação, a ANPR divulgou nota na qual classifica a escolha como “retrocesso democrático e institucional”.

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