O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção para aqueles que já foram vacinados contra a Covid-19 ou se recuperaram da contaminação pela doença. Ele anunciou, nesta quinta-feira (10), que tratou do assunto com o ministro da Saúde, a fim de que Marcelo Queiroga ultime um parecer para desobrigar a medida de combate ao vírus.

“Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é, nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo”, o chefe do Executivo disse. A declaração polêmica ocorreu no Palácio do Planalto, enquanto ele discursava em solenidade de lançamento de programas do governo.

Após o evento, o presidente voltou a tratar do assunto em mais uma de suas tradicionais lives nas redes sociais. Na ocasião, ele informou ter solicitado um estudo sobre a possibilidade de desobrigar o uso das máscaras para estes grupos. Queiroga teria se comprometido a apresentar tal documento ao superior.

“Eu falei com o Queiroga agora. Não impus nada a ele. Se bem que também tenho que dar minhas piruadas aí, no bom sentido”, Bolsonaro destacou. “Vamos ficar reféns de máscara até quando? Está servindo para multar gente, pessoal. Está servindo para multar. Eu fui ameaçado agora de multa em São Paulo”, comentou.

Especialistas veem a possibilidade com preocupação, pois quem já teve Covid-19 pode ser infectado novamente e quem está vacinado também pode contrair o vírus e contaminar outras pessoas, mesmo que não desenvolva sintomas graves. Até então, apenas 5,9% da população brasileira está totalmente imunizada, segundo informa o Our World In Data.

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