O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se envolveu em mais uma polêmica relacionada às vacinas. Neste sábado (17), em um evento realizado em Jundiaí, interior de São Paulo, organizado pelo partido no qual é filiado, o político afirmou – sem nenhum embasamento técnico e científico – que leu em uma bula do imunizante a informação de que era composto por grafeno e que, de acordo com ele, se acumula nos “testículos e ovários”.

A fala foi feita enquanto o senador paulista Marcos Pontes, seu afilhado político, estava relatando sobre a importância do grafeno – que é um material composto por átomos de carbono – para o desenvolvimento industrial e econômico do país.

“Agora vocês vão cair pra trás. A vacina de RNA tem dióxido de grafeno, tá? Onde ele se acumula segunda a Pfizer que eu fui lá ver aquele trem lá, no testículo e no ovário. Eu li a bula”, diz Bolsonaro. As vacinas de RNA que ele se refere são as produzidas pela Pfizer e Jansen.

No entanto, nenhum imunizante que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não cita em suas determinadas bulas a presença do material citado pelo ex-chefe do Executivo nacional. Vale ressaltar que ele já foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021, por associar a vacina da COVID à contaminação da AIDS.

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