O ex-secretário de Agricultura e Pesca, Cléber Alves (PRTB), deu uma entrevista exclusiva ao Jornal da Sucesso na manhã desta quinta-feira (1) e falou sobre o seu rompimento com o Partido dos Trabalhadores e suas pretensões para as eleições municipais de 2012. Cléber foi exonerado da secretaria e retoma os trabalhos na Câmara Municipal de Camaçari como vereador, na sessão de hoje, às 16h.
Cléber Alves deixou clara a sua posição em relação ao apoio que presta ao pré-candidato do PT, Ademar Delgado. “Eu apoio Ademar porque ele é o candidato do prefeito Caetano. Se não fosse assim, eu sairia candidato e disputaria com Ademar”, esclareceu.
O ex-secretário fez questão esclarecer que não apóia o PT, e jogou as cartas na mesa. “Eu fui traído pelo PT, fui injustiçado. No momento que mais precisei do PT eles me deram as costas. Minha relação agora é única e exclusivamente com Caetano”, revelou. Ele afirmou ainda que não descartaria o fato de se tornar oposição, caso fosse necessário. “Se não existisse Caetano dentro do PT, hoje eu seria oposição”.
A sua saída do PT está foi justificada durante a entrevista ao radialista Roque Santos, âncora do Jornal da Sucesso. “Eu saí do PT porque não tive um voto, sequer, da bancada petista nas eleições para a presidência da Câmara”. Segundo Cléber, os vereadores não confiavam nele. “Luiza Maia me chamou de destemperado e maluco. Marcelino disse que eu não era de confiança. Se eu não tinha apoio do próprio partido, não tinha mais o que fazer lá”, explicou.
Em relação à posição de vice-prefeito, o peerretebista disse que o seu partido brigará para garantir a vaga. “Vamos em busca da vaga para vice, porque não podemos ter uma chapa-branca, composta só por gente de fora. Temos que ter pelo menos um filho de Camaçari”, falou.
Sobre a ida do radialista Marco Antônio para o grupo de Caetano, Cléber disse não enxergar grandes problemas na aquisição. “Não vejo grandes problemas políticos, porque a política funciona dessa forma. Mas isso pode gerar problemas morais para ele”.
Sobre o convite para ser vice na chapa do Partido Progressista (PP), do presidente da Câmara de Vereadores, Zé de Elísio, Cléber relatou: “Conversei com ele, ouvi o que ele tinha para dizer, mas nós temos planos paralelos ao projeto de Zé de Elísio”.
Por Henrique sa Mata