O Brasil se prepara para ser o único país do mundo a produzir o soro antiapílico, que age contra múltiplas picadas de abelhas; foram dez anos de estudos e testes. Atualmente, existem cerca de 45 produtores de soros para animais peçonhentos no mundo, mas nenhum fabrica o soro para envenenamento tóxico por abelhas.

De acordo com informações da Agência Brasil, ainda neste ano, os pesquisadores responsáveis pelo projeto, Marcelo Abrahão Strauch, do Instituto Vital Brazil (IVB), e Rui Seabra Ferreira Júnior, do Centro de Estudos de Venenos de Animais Peçonhentos (Cevap) da Universidade Estadual Paulista, querem submeter ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os relatórios com os resultados positivos alcançados nos ensaios clínicos da primeira fase, que envolveram testes em 20 pessoas mordidas por diversas abelhas.

A terceira fase dos testes está prevista para começar depois da aprovação do ministério e da Anvisa; a ação prevê o recrutamento de 150 a 200 pessoas que foram atacadas por um enxame e tiveram múltiplas mordidas de abelhas, atendidas em 32 hospitais pertencentes à rede nacional de pesquisa pública.

Se tudo sair como planejado, a previsão é que o soro seja disponibilizado para a população entre 2021 e 2022. Após os ensaios da fase 3, os resultados serão novamente submetidos à Anvisa, para que o registro do produto possa ser efetuado.

Os resultados das pesquisas farmacológicas com o soro antiapílico serão apresentados durante o Congresso Mundial de Toxinologia, na Argentina, por Marcelo Abrahão Strauch.

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