O grupo de brasileiros acompanhado pelo Governo Federal que aguardava permissão de autoridades de Egito, Israel e da Autoridade Palestina cruzou a fronteira entre Gaza e Egito, no Portal de Rafah, neste domingo (12).
“O grupo de 32 brasileiros e familiares já se encontra em território egípcio, onde foi recebido por equipe da embaixada do Brasil no Cairo, responsável pela etapa final da operação de repatriação”, oficializou uma postagem do Itamaraty às 5h41 desta madrugada na rede social X (antigo Twitter).
“Duas pessoas do grupo que constava da lista original, de 34 nomes, desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza”, completou o comunicado.
Grupo aguardava autorização há semanas
Dezesseis brasileiros chegaram no último dia 14 de outubro à cidade de Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza, e estão hospedados no prédio de uma família palestina brasileira. O grupo estava até a manhã de hoje em uma escola católica na região da Cidade de Gaza, aguardando o início da operação de repatriação.
A travessia chegou a ser suspensa pelo Itamaraty por motivos de segurança, mas o agravamento da situação do conflito fez com que o transporte ocorresse em caráter emergencial. A segunda etapa da operação é a passagem para o Egito. De acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, ainda não há data prevista para essa travessia.
De lá, 22 brasileiros irão para um aeroporto onde serão resgatados por um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Do total de 22 pessoas que desejam evacuação, 14 são crianças, 8 são mulheres e 6 são homens adultos.
Como a guerra começou
A manhã do dia 7 de outubro começou tensa em Israel. Um ataque orquestrado pelo grupo palestino Hamas aconteceu e atingiu diversos pontos do país.
Segundo informações, houve bombardeios e soldados fortemente armados conseguiram invadir o estado judaico. A operação pegou os líderes israelenses de surpresa. O ataque começou na região da Faixa de Gaza, que é alvo de disputa há décadas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra e que autorizou o início de uma operação especial, chamada ‘Espadas de Ferro’. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, diz ele em comunicado oficial.